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Setor de serviços do Brasil registra alta em agosto

O nível de confiança das empresas em relação às perspectivas para a atividade de serviços ao longo do próximo ano foi o mais alto registrado desde outubro de 2022, depois de o sentimento ter caído em julho para uma mínima em 26 meses

por Reuters
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Censo

O crescimento do setor de serviços do Brasil ganhou leve força em agosto diante do aumento dos novos negócios, com a confiança atingindo máxima de 10 meses, de acordo com pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta terça-feira.

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Em agosto, o PMI compilado pela S&P Global subiu a 50,6, de 50,2 em julho, marcando o sexto aumento consecutivo na atividade de serviços –a marca de 50 separa crescimento de contração.

Segundo a pesquisa, as empresas que relataram crescimento mencionaram conquista de novos negócios, que chegaram a seis meses seguidos de expansão. Foram relatadas recuperação da demanda e captação de novos clientes.

O levantamento mostrou ainda que o impacto combinado da redução da taxa de juros, novos negócios pendentes de aprovação e previsões de melhoria das vendas ajudou a aumentar o otimismo em agosto.

O nível de confiança das empresas em relação às perspectivas para a atividade de serviços ao longo do próximo ano foi o mais alto registrado desde outubro de 2022, depois de o sentimento ter caído em julho para uma mínima em 26 meses.

“Os resultados do PMI de serviços do Brasil mostraram resiliência diante dos desafios. O aumento contínuo da demanda manteve a atividade de serviços dentro da zona de crescimento, enquanto as decisões do Banco Central de começar a cortar taxas estimularam a confiança nos negócios”, destacou em nota a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

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Esse cenário ainda impulsionou a criação de empregos no setor de serviços em agosto pelo sexto mês seguido, a um ritmo mais acelerado do que em julho.

Já o cenário para os preços foi misto. Os custos de insumos aumentaram a uma taxa mais forte do que em julho, com os participantes da pesquisa destacando custos salariais, flutuações cambiais e preços mais altos de energia, combustíveis, seguros e água.

Mas apesar disso, os preços cobrados pelos fornecedores de serviços aumentaram pela taxa mais fraca desde novembro de 2020.

“Essa discrepância poderia ser parcialmente atribuída a pressões competitivas, com as empresas optando por absorver parte dos seus encargos adicionais em meio a estratégias para manter participações no mercado e viabilidade para os consumidores”, explicou De Lima.

A atividade da indústria brasileira mostrou sinais de recuperação em agosto o que, somado ao desempenho do setor de serviços, levou a atividade empresarial do Brasil de volta ao território de crescimento. O PMI Composto subiu a 50,6, de 49,6 em julho, quando registrou contração pela primeira vez em cinco meses.

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