O setor de serviços dos Estados Unidos desacelerou pelo segundo mês consecutivo em outubro, mas é provável que o ímpeto se recupere no curto prazo em meio a uma aceleração no crescimento de novos pedidos.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que seu PMI não manufatureiro caiu de 53,6 em setembro para 51,8, a mínima de cinco meses. O PMI de serviços vem caindo desde agosto, quando subiu para o nível mais alto em seis meses.
Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia norte-americana. Os economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 53,0.
Inicialmente, a demanda por serviços aumentou à medida que os norte-americanos retomaram suas vidas normais após os bloqueios causados pela Covid-19. Mas o ímpeto tem diminuido, com os gastos voltando a se concentrar em bens. Os gastos com bens superaram em muito os gastos com serviços no terceiro trimestre.
Uma medida de novos pedidos recebidos por empresas de serviços aumentou para 55,5 no mês passado, de 51,8 em setembro, que foi o nível mais baixo desde dezembro. Os pedidos de exportação caíram, provavelmente refletindo a força do dólar em relação às moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA.
A inflação de serviços permaneceu estável. O setor de serviços está no centro da batalha do Federal Reserve para reduzir a inflação para sua meta de 2%. Os preços dos serviços são menos sensíveis aos aumentos da taxa de juros. Uma medida dos preços pagos pelas empresas de serviços por insumos caiu de 58,9 em setembro para 58,6.
Alguns economistas consideram a medida de preços pagos de serviços do ISM como um bom indicador da inflação das despesas de consumo pessoal, monitorada pelo banco central para a política monetária.
Uma medida do nível do emprego no setor de serviços caiu para 50,2, de 53,4 em setembro.