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Setor imobiliário: confira as diferenças entre crowdfunding e FII

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Fundos Imobiliários

Você gostaria de investir no setor imobiliário, mas não sabe se deve aplicar o dinheiro em um fundo ou escolher um crowdfunding? Bem, é normal estar em dúvida, afinal o mercado fala tanto das mais diversas opções, mas nem sempre explica as diferenças, vantagens e desvantagens, certo?

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Para começar, os Fundos de Investimentos Imobiliários, mais conhecidos como FII, são investimentos divididos por frações, ou seja, a aquisição das cotas deve ser obrigatoriamente realizada por meio de uma corretora de valores ou por uma instituição autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Já para participar de um crowdfunding o investidor deve possuir uma conta em alguma plataforma e realizar o aporte de valor desejado, podendo escolher em qual tipo de empreendimento quer investir.

Convidamos Francisco Perez, head de investimentos da Glebba, fintech que faz crowdfunding para o setor imobiliário, para falar sobre o setor e tirar algumas dúvidas comuns a quem investe!

Como você avalia o investimento em imóveis no Brasil hoje? Historicamente, os brasileiros costumam sonhar com a casa própria e também se sentem seguros ao adquirir imóveis para ganhar com aluguel por exemplo. Este panorama continua?

Francisco Perez – O Brasil apresenta excelentes opções de investimento em real estate. Temos um histórico de confiança entre investidores, adquirentes e empreendedores do setor. Tradicionalmente entregou bons resultados com risco baixo e ainda temos um espaço gigantesco de crescimento. Entretanto, o cenário está mudando, e as opções de investimento vão muito além de simplesmente “comprar e alugar”. Hoje é possível obter melhor rentabilidade, com menor risco e mais liquidez, através de produtos financeiros atrelados ao setor.

Você poderia explicar um pouco sobre os fundos imobiliários e falar sobre as vantagens e desvantagens do investimento?

F.P.: Os fundos imobiliários trouxeram, entre outras vantagens, a possibilidade de qualquer investidor participar dos resultados de grandes empreendimentos, o que marcou o início de uma nova classe de ativos de investimento atrelado ao setor de real estate, com possibilidade de ser listado em bolsa e sem incidência de IR. Por outro lado, o investidor tem que analisar muito bem a carteira e a tese dos fundos, pois é a partir disso que o risco e a rentabilidade podem ser mensurados. E é exatamente aí que vem a importância da transparência e comunicação dos gestores. Tem que haver uma boa seleção de gestores antes da decisão por investir nesses ativos.

Com relação ao crowfunding imobiliário, ainda é uma mobilidade nova, certo? Quais as diferenças entre os fundos e o crowfunding? 

F.P.: O crowdfunding de investimentos é uma atividade regulada pela ICVM 588 de julho/2017, portanto, muito nova. Essa modalidade de investimento permite que incorporadores e loteadores façam ofertas públicas de valores mobiliários de seus empreendimentos, possibilitando o acesso de pequenos investidores aos empreendimentos imobiliários em estágios iniciais, onde se encontram as melhores rentabilidades, antes restritos aos grandes investidores. Diferentemente dos fundos imobiliários, nos quais a decisão de alocação é do gestor, na modalidade de crowdfunding, o próprio investidor escolhe o empreendimento em que vai investir e monta seu portfólio. As rentabilidades são bem melhores e possuem um grau de risco bem similar.

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Agora vamos pensar em uma compra de imóveis de fato (a pessoa compra uma casa ou apartamento por exemplo), fundos e crowdfunding. Qual o perfil mais indicado para cada investimento? O que deve ser considerado na hora de optar por uma destas alternativas?

F.P.: A aquisição de imóvel é para um perfil mais “patrimonialista e conservador”, onde o foco está apenas na segurança e não na liquidez e na rentabilidade. O investidor de fundos tem um perfil ainda conservador, mas não faz questão do patrimônio, é um pouco mais sofisticado financeiramente e precisa de ativos com boa liquidez e rentabilidade mensal. Já o investidor do crowdfunding tem um perfil moderado e uma visão de longo prazo, onde tem como premissa obter ganhos elevados investindo diretamente nos empreendimentos.

Finalmente, pode nos contar um pouco sobre os tipos de empreendimento nos quais é possível investir através de crowdfunding imobiliário e a partir de quanto?

F.P.: Uma das características mais marcantes do crowdfunding imobiliário é que ele possibilita a oferta pública dos mais diversos tipos de empreendimentos em qualquer região do Brasil. Ainda estamos engatinhando, mas o potencial é imenso, pois agora é possível, a partir de R$ 1.000,00, investir em qualquer empreendimento em desenvolvimento no país.

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