A Shell divulgou um lucro de 6,3 bilhões de dólares no segundo trimestre, o que representa uma queda de 19% em relação aos três meses anteriores, devido ao enfraquecimento das margens de refino e do comércio de petróleo e gás, embora o resultado tenha superado as previsões dos analistas.
Os resultados foram impulsionados por fortes desempenhos nos negócios de produção de petróleo e gás e de marketing de varejo, e o lucro foi quase 25% maior do que no mesmo período do ano anterior, em um sinal de que a iniciativa do presidente-executivo, Wael Sawan, de cortar custos está valendo a pena.
As principais empresas de petróleo e gás da Europa estão registrando margens de refino mais baixas no continente neste trimestre, após dois anos de lucros extremamente elevados.
Na terça-feira, a BP elevou seus dividendos em 10%, depois de anunciar lucro de 2,8 bilhões de dólares que superaram as estimativas dos analistas.
Na semana passada, a francesa TotalEnergies informou uma queda de 6% nos lucros do segundo trimestre, prejudicada por margens de refino mais fracas.
As maiores empresas do setor nos EUA, Exxon Mobil e Chevron, divulgam seus balanços na sexta-feira.
“Estamos vendo o sistema de energia voltar ao nível normalizado pré-2022”, disse Sawan aos repórteres. Os preços da energia subiram em 2022 depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, levando os lucros das empresas de petróleo e gás a níveis recordes.
As ações da Shell subiam 1,14% às 10h02 (horário de Brasília), superando um ganho de 0,15% no índice europeu de energia mais amplo.
A Shell disse que obteve reduções de custos de 700 milhões de dólares no primeiro semestre de 2024, elevando o total de cortes para 1,7 bilhão de dólares desde 2022, como parte de uma meta de economia de entre 2 bilhões de dólares a 3 bilhões de dólares até 2025.
“Os resultados de hoje mostram um desempenho operacional forte e contínuo”, disse o analista da RBC Capital Markets, Biraj Borkhataria.