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Suzano aproveita “anomalia” e recompra ações “de forma agressiva”

Segundo o BTG, a ação é negociada perto de 5 vezes o Ebitda para 2025, o "é claramente uma anomalia"; recomendação é de compra

por Gustavo Kahil
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Facebook/Suzano)

A direção da Suzano (SUZB3) está recomprando ações de “forma agressiva”, analisa o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes.

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De acordo com o acompanhamento dos analistas Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima, o volume financeiro das operações pode ter chegado a R$ 1 bilhão em julho.

Para eles, isso “ressalta o quão baratas (desvalorizadas) as ações estão atualmente, proporcionando uma TIR (Taxa Interna de Retorno) incomparável neste momento, em nossa opinião”.

Embora o BTG entenda que existam impactos negativos residuais decorrentes da recente tentativa da aquisição da IP no múltiplo, a recente posição de recompra, juntamente com resultados operacionais sólidos, devem justificar uma reavaliação.

“Esperamos uma reação positiva a esses números [do segundo trimestre] e reiteramos a Suzano como nossa principal escolha em toda a nossa cobertura de recursos básicos (negociada perto de 5 vezes o EBITDA para 2025, o que para nós é claramente uma anomalia)”, destacam.

A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 82.

Resultados da Suzano

A empresa publicou nesta quinta-feira prejuízo líquido bem acima do esperado pelo mercado, em resultado pressionado em grande parte por forte impacto da volatilidade cambial sobre sua dívida em moeda estrangeira.

A companhia teve prejuízo líquido de 3,77 bilhões de reais entre abril e o final de junho, acima do resultado negativo de 2,8 bilhões de reais esperado pelo mercado, em média, segundo dados da Lseg.

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O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 6,29 bilhões de reais, crescimento de 60% sobre o desempenho de um ano antes.

“O resultado…reflete, principalmente, a alta dos preços da celulose, o câmbio favorável às exportações, o maior volume de vendas e a redução do custo caixa de produção de celulose”, afirmou a Suzano em comunicado à imprensa.

O balanço da Suzano foi publicado cerca de uma semana depois que a rival Klabin divulgou queda de 70% no lucro do segundo trimestre, também impactada por efeitos cambiais.

A Suzano teve vendas de 2,54 milhões de toneladas de celulose no trimestre passado, alta de 1% sobre o segundo trimestre de 2023. As vendas de papel cresceram 13%, a 333 mil toneladas.

Mas diante de um aumento de 25% no preço médio da celulose no período no mercado internacional, o faturamento líquido da empresa saltou também 25%, para 11,5 bilhões de reais.

O custo caixa de produção de celulose, importante medidor da eficiência do setor, da Suzano foi de 828 reais por tonelada, uma queda de 10% sobre o segundo trimestre de 2023. A Klabin teve um custo nesta linha de 1.205 reais, queda de 12% na mesma comparação.

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