O BTG Pactual manteve a recomendação de compra para as ações da Suzano (SUZB3), com preço-alvo de R$ 81. O banco destacou o potencial de crescimento do Ebitda, desalavancagem acelerada e atratividade nos preços atuais, mesmo diante de capex acima do esperado para 2025.
O que diz a análise
• Capex para 2025 será de R$ 12,4 bilhões, acima da previsão. A Suzano anunciou capex 13% maior que a projeção do BTG, com foco em manutenção (R$ 7,8 bilhões), expansão (R$ 1,5 bilhão), florestas (R$ 2,2 bilhões) e projeto Cerrado (R$ 900 milhões). Esse aumento reflete maiores investimentos em modernização e no projeto Cerrado.
• Impacto limitado da elevação do capex. O BTG considera que a diferença de R$ 1,4 bilhão no capex não altera a tese de investimento. Essa variação equivale a apenas 2% do valor de mercado da Suzano, enquanto os fundamentos permanecem sólidos, com disciplina na alocação de capital e perspectivas de redução de custos.
• Projeção de Ebitda saudável para 2025. Com premissas como câmbio a R$ 6,00 e preço da celulose a US$ 575/t, o BTG projeta Ebitda de R$ 28,9 bilhões para 2025, um crescimento de 26% ano a ano. O yield de fluxo de caixa para acionistas deve alcançar 10%, mesmo com preços próximos às mínimas cíclicas.
• Ações atraentes e com desconto. As ações da Suzano são negociadas a 5,2x EV/Ebitda para 2025, abaixo da média histórica. A possibilidade de grandes operações de M&A diminuiu, o que favorece a recompra de ações e reforça a valorização gradual dos papéis, segundo o BTG.
• Desalavancagem prevista até 2025. O BTG prevê que a alavancagem da Suzano, medida por dívida líquida/Ebitda, deve cair de mais de 3x para 2,4x até o final de 2025. A combinação de custos controlados e câmbio favorável sustenta a projeção de redução acelerada da dívida.