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Taxas futuras caem com dados de inflação favoráveis e PIB robusto nos EUA

Ainda que o PIB tenha crescido acima do esperado, dados de inflação vinculados a ele sugeriram um cenário positivo para os índices de preços nos EUA

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: joebolt/Pixabay)

As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em baixa no Brasil, pela terceira sessão consecutiva, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, com alguns indicadores de inflação mais acomodados justificando o movimento, apesar de os EUA terem divulgado um PIB acima do esperado no quarto trimestre de 2023.

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Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto no último trimestre do ano passado aumentou a uma taxa anualizada de 3,3%, bem acima da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, de alta de 2,0%.

Ainda que o PIB tenha crescido acima do esperado, dados de inflação vinculados a ele sugeriram um cenário positivo para os índices de preços nos EUA. Isso fez os yields dos títulos norte-americanos de dez anos seguirem em queda, reforçando o viés negativo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), visto desde o início da sessão no Brasil.

O relatório do PIB mostrou que as pressões inflacionárias estão diminuindo, com o índice PCE aumentando apenas 1,7% no quarto trimestre, ante 2,6% no terceiro trimestre. Já o deflator do PIB teve alta de 1,5%, abaixo dos 2,3% esperados pelo mercado conforme pesquisa da Reuters.

“Quando saíram os dados do PIB acima da expectativa, meu sentimento era de que isso iria estressar a curva (de juros norte-americana). Mas não foi a reação do mercado de modo geral”, comentou João Ferreira, sócio da One Investimentos. “Aqui no Brasil, a curva segue a tendência de fechamento dos (rendimentos dos) Treasuries”, acrescentou.

Em relatório separado divulgado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 25 mil, para um ajuste sazonal de 214 mil, na semana encerrada em 20 de janeiro. Os economistas previam 200 mil pedidos na última semana.

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(Imagem: Reprodução/carlitocanhadas/Pixabay)
(Imagem: Reprodução/carlitocanhadas/Pixabay)

A queda das taxas futuras no Brasil não alterou, no entanto, a precificação de mercado para o encontro de política monetária do Banco Central, na próxima semana.

Perto do fechamento a curva a termo precificava 100% de chances de o corte da taxa básica Selic na semana que vem ser de 0,50 ponto percentual. Atualmente a Selic está em 11,75% ao ano.

No fim da tarde desta quinta-feira a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,02%, ante 10,062% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,685%, ante 9,764% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 9,84%, ante 9,931%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,105%, ante 10,187%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 10,54%, ante 10,597%.

Às 16:37 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos referência global para decisões de investimento caía 5,60 pontos-base, a 4,1222%.

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