Home Economia e Política Taxas futuras de juros têm leve queda após IPCA e dados de inflação dos EUA

Taxas futuras de juros têm leve queda após IPCA e dados de inflação dos EUA

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,845%, ante 9,873% do ajuste anterior

por Reuters
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(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

As taxas dos contratos futuros de juros tiveram queda sutil nesta terça-feira, conforme investidores digeriram a composição de um IPCA mais alto do que o esperado, enquanto nos Estados Unidos o destaque também foi um novo relatório de inflação.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,845%, ante 9,873% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,68% ante 9,708% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 9,92%, ante 9,937%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,21%, de 10,221% no pregão anterior. O contrato para janeiro de 2029 marcava 10,405%, ante 10,404%.

A oscilação tímida nos juros futuros ocorreu apesar de o IBGE ter informado mais cedo que a inflação brasileira acelerou mais do que o esperado em fevereiro e atingiu o nível mais alto em um ano diante da pressão sazonal dos custos da educação.

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,83%, acelerando a alta de 0,42% em janeiro e vindo acima da expectativa apontada em pesquisa da Reuters de avanço de 0,78% no mês. É a leitura mais elevada desde fevereiro de 2023 (+0,84%).

O salto nos custos da Educação levou a inflação de serviços a disparar a 1,06% em fevereiro, de uma variação positiva de 0,02% no mês anterior. No entanto, aliviando a pressão na curva, passou a acumular em 12 meses alta de 5,25%, nível mais baixo desde janeiro de 2022.

(Imagem: marcojean20/ Pixabay)
(Imagem: marcojean20/ Pixabay)

Economistas também destacaram desaceleração nos preços subjacentes de serviços, que excluem itens voláteis. Os custos de serviços vêm sendo acompanhados de perto pelo Banco Central para a condução da política monetária, em um ambiente de mercado de trabalho resiliente que tende a elevar os gastos dos consumidores.

“A gente vê dentro de serviços alguns itens específicos incomodando… a gente teve realmente uma alta por educação, ou seja, uma alta sazonal, já esperada para o mês, para o início do período de matriculas”, disse Leonardo Cappa, economista-chefe da consultoria de investimentos Traad.

“Olhando para frente, apesar do mercado de trabalho aquecido, renda disponível, salários médios ainda em alta no Brasil, a gente vê que, pelo menos nos últimos dados, no acumulado em 12 meses, não está um patinho tão feio assim a inflação de serviços.”

Na semana que vem, o Banco Central se reunirá para definir a política monetária, com ampla expectativa de novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 10,75% ao ano, segundo probabilidades implícitas em contratos futuros de juros.

Nos EUA, desencadeando alta acentuada nos rendimentos dos Treasuries, o índice de Preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, acelerando depois de ter subido 0,3% em janeiro. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, os preços ao consumidor subiram 0,4% em fevereiro, mesma margem de janeiro.

O Fed também se encontra na semana que vem, quando deve manter seus juros básicos inalterados. O mercado ainda espera um primeiro afrouxamento monetário nos EUA em junho.

Por volta das 16h30 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos referência global para decisões de investimento — subia 5 pontos base, a 4,155%.

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