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TC enfrenta risco para “continuidade do negócio”, alerta auditoria

Receita líquida do 2° trimestre de 2024 caiu 10,7% na comparação com o ano anterior; TC projeta crescimento com nova corretora

por Gustavo Kahil
TC TRAD3

Uma reunião do Conselho Fiscal do TC (TRAD3), antigo TradersClub, revelou que os representantes da auditoria Grant Thornton, Regis Eduardo Baptista e André Gonçalves, disseram em uma apresentação que, a depender do cenário de manutenção do nível de receitas, pode ser necessária “a inclusão de um parágrafo sobre a continuidade do negócio nas demonstrações financeiras”.

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A receita líquida do segundo trimestre de 2024 foi de R$ 13,070 milhões, queda de 10,7% na comparação com o ano anterior, mas um aumento de 14,8% na comparação com os três primeiros meses. Segundo o TC, a receita pode ter um “crescimento significativo” em sua receita com a aprovação e finalização da aquisição da sua corretora Dibran DTVM, que aguarda a aprovação do Banco Central.

“A nossa operação de corretora vai nascer grande, temos um significativo número de clientes, volume e potencial de crescimento”, destacou Pedro Albuquerque, fundador e CEO do TC no press release do resultado. O tema também foi abordado no webcast do balanço. Atualmente, os usuários do TC realizam operações por meio da TC Investimentos, em uma parceria com a Genial.

Receitas do TC

O resultado financeiro líquido no segundo trimestre caiu 93,6%, de R$ 7,637 milhões no ano anterior, para R$ 488 mil. O caixa recuou 42,8%, de R$ 105,713 milhões, no segundo trimestre de 2023, para R$ 60,438 milhões. A queima de caixa, na comparação com o começo do ano, foi de R$ 13,8 milhões. A companhia ressalta, contudo, que tem R$ 13,5 milhões a receber das vendas da DXA Invest e RI Prisma.

O prejuízo líquido ficou em R$ 4,483 milhões, uma melhora de 49,8% na comparação com as perdas de R$ 8,9 milhões do ano anterior.

Segundo a Grant Thornton, a inclusão de um parágrafo sobre a continuidade do negócio será avaliada na ocasião da auditoria das demonstrações financeiras que tratem do encerramento do exercício em 31 de dezembro de 2024.

Saldo contábil e relatório financeiro

A reunião do Conselho Fiscal também expôs as preocupações de membros sobre a ausência de conciliação entre o saldo contábil e relatório financeiro (contas a receber e passivos de contrato), conforme apontado pela auditoria.

“Os conselheiros solicitaram consignar em ata a preocupação com relação ao relatório de contas a receber, para que a atualização seja concluída até o encerramento 30 de setembro de 2024”, destacou o relatório.

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No encontro, realizado em 14 de agosto, o presidente do Conselho Fiscal Stéfano Furlani Malvezi questionou sobre a efetiva provisão dos valores a receber em sua totalidade e do motivo de não ter sido anteriormente provisionado pela empresa.

Conforme a ata, o TC teria concordado que a conciliação de saldos do contas a receber e passivo de contrato deverá ocorrer até 30 de setembro de 2024, para constar nas demonstrações contábeis intermediárias do terceiro trimestre de 2024, caso contrário deveria ocorrer o provisionamento integral do valor.

Malvezi é sócio na WNT CAPITAL, gestora de recursos voltada para operações estruturadas e distressed assets, que tem carteiras administradas pela Reag Investimentos, compradora da RI Prisma do TC por R$ 6 milhões, anunciada em meados de junho. A WNT possui 14,7% do capital do TC.

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