O TC (TRAD3) registrou um prejuízo líquido de R$ 16,1 milhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 82,7% em relação ao prejuízo de R$ 8,8 milhões no mesmo período de 2023. A receita líquida do TC também sofreu queda, totalizando R$ 10,7 milhões, uma redução de 13,5% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, quando a receita líquida foi de R$ 12,4 milhões.
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Em relatório, a auditoria Grant Thornton fez algumas observações que precisarão ser avaliadas em 31/12/2024: Conciliação efetiva do contas a receber de clientes e passivo de contrato; Teste de impairment – CPC 01 (ativos não financeiros e goodwiil); Estudo de continuidade operacional da Companhia; Avaliação de valor justo 2TM; PPA Dibran; e Legal opinion atualizado sobre os PJs.
As despesas operacionais ajustadas totalizaram R$ 8,4 milhões no período, um aumento de 16,7% em comparação com o terceiro trimestre de 2023, quando essas despesas foram de R$ 7,2 milhões. A empresa atribuiu esse aumento a gastos não recorrentes, como rescisões e custos de otimização de sistemas operacionais e assessoria jurídica. Além disso, a companhia enfrentou uma elevação nas despesas gerais e administrativas, que somaram R$ 16,4 milhões, 24,4% superior ao registrado no terceiro trimestre de 2023.
Caixa
A estrutura de caixa da empresa sofreu uma redução expressiva. Em 30 de setembro de 2024, o caixa e equivalentes totalizavam R$ 50,8 milhões, o que representa uma queda de 45,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No final do terceiro trimestre de 2023, o saldo de caixa era de R$ 93,8 milhões. Essa redução é explicada, em parte, pelo aumento das despesas financeiras e pelos investimentos realizados para a ampliação das operações e desenvolvimento de novos produtos.
Em relação ao segundo trimestre de 2024, a queda foi de 15,9%.
Outro indicador importante foi o Ebitda ajustado, que ficou negativo em R$ 4,4 milhões no terceiro trimestre de 2024. Em comparação, no mesmo período de 2023, o Ebitda ajustado foi positivo, alcançando R$ 1,8 milhão. A margem Ebitda ajustada também refletiu essa piora, passando de 14,9% positiva no terceiro trimestre de 2023 para -41,4% no terceiro trimestre de 2024.
Receitas brutas
A receita bruta do TC foi de R$ 11,9 milhões, uma queda de 13,4% em relação ao ano anterior. A companhia explicou que está priorizando o modelo de negócios B2B, o que resultou em um aumento da receita desse segmento para 78,3% da composição total da receita, ante 57,7% no terceiro trimestre de 2023. Esse movimento reflete uma mudança estratégica da empresa, que busca concentrar esforços em converter usuários cadastrados em leads e clientes para a TC Investimentos.
O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 578 mil, uma melhora significativa em relação ao prejuízo financeiro de R$ 1,3 milhão registrado no terceiro trimestre de 2023. Esse desempenho foi influenciado pela implementação de medidas rigorosas de controle financeiro.
A redução nos custos de serviços prestados, que somaram R$ 6,2 milhões, uma queda de 33,4% em relação ao mesmo trimestre de 2023, ajudou a manter o lucro bruto ajustado positivo em R$ 4,6 milhões, com uma margem bruta ajustada de 43,4%. A empresa destacou que essa diminuição nos custos está alinhada com seu objetivo de aumentar a eficiência operacional e melhorar a rentabilidade das operações principais.
Apesar das dificuldades, a administração do TC mantém-se otimista em relação ao futuro, com a recente obtenção de aprovação regulatória para a corretora própria Dibran, aguardando a conclusão dos trâmites junto ao Banco Central. A empresa acredita que essa nova etapa pode abrir possibilidades de receitas adicionais, que atualmente estão fora de seu escopo operacional.
Veja o resultado do TC