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Tecnologia e o futuro do trabalho: DISRUPT, a palavra da moda

por Emerson Weslei Dias
3 min leitura
Tecnologia e o futuro do trabalho: DISRUPT, a palavra da moda

A tecnologia tem modificado drasticamente o mercado de trabalho. Segundo relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, a economia mundial sentirá os efeitos da chamada “Quarta Revolução Industrial”, que promete ser muito mais rápida, abrangente e impactante que as anteriores.

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São muitas as novidades: computação em nuvem, Internet das Coisas, Big Data, robótica, inteligência artificial, impressão em 3D, biotecnologia e por aí vai.

O Fórum projeta que, até 2020, essas tecnologias vão eliminar 5,1 milhões de vagas em 15 países e regiões que respondem por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil.

Muitos estudos sugerem que, historicamente, a inovação cria mais empregos do que destrói, já que as ocupações extintas são substituídas por outras, ligadas a novos mercados.

Lembro-me de ter lido Joseph Schumpeter na faculdade e seu conceito de destruição criativa. No entanto, como os avanços atuais ocorrem num ritmo sem precedentes, a transição pode ser mais traumática.

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Concorrência das máquinas

Uma pesquisa realizada na Universidade Oxford, no Reino Unido, analisou 702 ocupações e estimou suas chances de automatização nos próximos 20 anos.

O estudo considerou as demandas específicas de cada profissão, tais como exigência por soluções criativas, interações sociais e negociações, que são, pelo menos por enquanto, os pontos fracos das máquinas.

A seguir, veja quais são as carreiras mais ameaçadas a curto ou médio prazo (probabilidade de robotização em 20 anos) em áreas como engenharia, direito, educação e TI.

Direito

Profissão Robotização em 20 anos
Assistente paralegal 94,5%
Escrivão 50,2%
Auxiliar jurídico 40,9%
Juiz 40,1%

 

Administração e finanças

Profissão Robotização em 20 anos
Contador na área de impostos 98,7%
Assistente de empréstimos 98,4%
Analista de crédito 97,9%
Analista de orçamento 93,8%

 

Educação e informação

Profissão Robotização em 20 anos
Arquivista 75,9%
Bibliotecário 64,9%
Assistente de professor 55,7%
Professor de ensino fundamental 17,4%

 

Matemática e computação

Profissão Robotização em 20 anos
Programador de computadores 48,1%
Estatístico 21,8%
Atuário 20,6%
Analista de segurança da informação 20,6%

 

Arquitetura e engenharia

Profissão Robotização em 20 anos
Cartógrafo 87,9%
Desenhista de eletroeletrônicos 80,8%
Desenhista de arquitetura 52,3%
Engenheiro de hardware 22,5%

 

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Profissões extintas

Relembre algumas profissões que já existiram ou que, hoje em dia, diminuíram sua fatia no mercado:

1. Datilógrafos

Profissionais muito comuns em todas as empresas até a segunda metade do século XX, foram extintos após o aparecimento do computador e substituídos inicialmente pelos digitadores, e depois por secretárias de escritório e programadores de informática.

Hoje em dia, cada um digita o seu próprio trabalho, ou faz o mais comum, copiar e colar apenas.

2. Carteiros e operadores de serviços postais

Ainda muito presentes nas ruas do Brasil, a tendência é que todos os profissionais que lidam com a separação e distribuição de correspondências evoluam para outro tipo de profissão, já que existe a expectativa de que grande parte das contas bancárias e de serviços públicos passe a ser informatizada.

Dessa forma, o serviço postal vai se concentrar mais no intercâmbio de correspondências físicas e na entrega de encomendas em domicílio, na maioria das vezes por causa de compras online, que ameaçam cada vez mais as lojas físicas do varejo, e junto os administradores dos estacionamentos, e outros que se não precisarmos sai de casa não usaremos mais.

3. Arquivistas

Atualmente, a organização e controle adequado de documentos, processos, cadastros, contas, fichas, entre outros tipos de arquivos é feita pelos próprios responsáveis pelo manuseio desses itens ou por profissionais, como a secretárias, assistentes, e não mais arquivistas.

Com a digitalização dos documentos impressos e a formatação de documentos diretamente em meio digital, tal coordenação fica muito mais fácil e prática.

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4. Cobrador de ônibus

São encarregados de fazer as cobranças de tarifas nos ônibus, além de dar aos passageiros informações sobre o trajeto. Em algumas linhas, em especial com os micro-ônibus, o motorista já acumula as duas funções.

5. Caixa de estacionamento

Para dar agilidade ao atendimento e evitar as longas filas, shoppings já investiram em catracas eletrônicas automatizadas, tem o aparelho colocado no vidro do carro que uma vez reconhecido libera o acesso e já debita na fatura, tem aplicativos para smartphones ou caixas eletrônicos para a realização do pagamento.

6. Frentista de posto de gasolina

Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, o abastecimento do veículo é feito pelo próprio dono do carro.

No Brasil, a lei Nº 9.956/2000 proíbe o funcionamento de bombas de autosserviço nos postos de abastecimento de combustíveis, claro, por lobby dos sindicatos.

Ascensoristas de elevador, alguém se lembra que eles já existiram?

Um contraponto

Temos os médicos e outros profissionais que fazem o juramento de Hipócrates. Para quem presta serviços associados à vida, acredito que continuarão prestando enquanto existir vida humana.

No entanto, pergunte a eles o quanto o seu trabalho foi impactado pela tecnologia nos últimos tempos? Falo do diagnóstico por imagem, uso de laser, cirurgias menos invasivas com uso de alta tecnologia, etc.

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Novas competências

A extinção e o surgimento de novas carreiras têm levado os jovens a refletirem bastante na hora em que vão escolher suas profissões.

Por conta das alterações do mercado e das demandas que cada profissão institui a cada período histórico, os profissionais devem estar sempre buscando conhecimentos novos e se atualizando, de modo a ficarem bastante antenados com as notícias de sua especialidade ou área de formação.

O mercado de trabalho atual exige algumas características comportamentais importantes para que os profissionais possam se adaptar à nova realidade.

Dentre elas, podemos citar: conhecimento do negócio, flexibilidade para lidar com mudanças, saber trabalhar em equipe e principalmente ter disposição para aprender e se reciclar de forma muito rápida.

Também é necessário ter uma visão geral de tudo que o cerca. Ou seja, ter noções de administração, economia, recursos humanos, comunicação, finanças e todas as áreas ligadas direta ou indiretamente ao negócio.

Atualização tecnológica

Além disso, como a tecnologia é peça fundamental nos dias atuais, é preciso buscar estar sempre inteirado a ela. Todas essas mudanças devem ser absorvidas por todos que almejam obter sucesso no novo cenário.

Quem diria 15 anos atrás que telefones iriam competir e tomar o mercado das máquinas fotográficas? Que grandes emissoras de TV sofreriam com a concorrência de sites que transmitem vídeos feitos pelos próprios indivíduos e com redes sociais?

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Equipamentos que eram fabricados por empresas que não competiam no mesmo mercado se tornaram concorrentes diretos; os mercados se fundiram e hoje a concorrência está em todo lugar para as empresas.

O mesmo vale para as profissões, a sua pode estar sendo ameaçada neste instante por alguém que você nem esteja vendo; o que você não vê não quer dizer que não exista! Bem-vindo, não mais à era de mudança, mas à mudança de era.

Talvez Darwin já soubesse de tudo isso lá atrás, quando disse que as espécies vivas que sobrevivem não são as mais fortes nem as mais inteligentes; são aquelas que conseguem se adaptar e se ajustar às contínuas demandas e desafios do meio ambiente.

Conclusão

Estamos aqui falando de CRISE, crise do emprego, mas o que seria isso? Bom, minha definição é simples: crise é o momento que precede a evolução.

Então é algo bom? Pois evolução é sempre bom! Será? Evolução é o movimento ou deslocamento gradual e progressivo em determinada direção.

Direção? Pode ser para cima ou para baixo, para o bem ou para o mal, em que direção estamos indo? Não sei, mas deixo uma pergunta a você, leitor: seja qual for a direção, você está preparado?

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