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Tesla recua em processo de fabricação “gigacasting” em carros elétricos

No mês passado, a Tesla demitiu mais de 10% de sua força de trabalho global. Alguns executivos seniores também renunciaram ou foram afastados

por Reuters
3 min leitura
Carro da Tesla (Imagem: REUTERS/Lucy Nicholson/File Photo)

A Tesla (TSLATSLA34) recuou em um ambicioso plano de inovações em gigacasting — seu processo pioneiro de fabricação –, segundo duas fontes com conhecimento do assunto, em mais um sinal de que a fabricante de veículos elétricos está se retraindo, em meio a quedas de vendas e concorrência maior.

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A Tesla tem sido líder no gigacasting, uma técnica de ponta que utiliza enormes prensas com milhares de toneladas de pressão para fundir grandes seções da parte inferior da carroceria do carro.

Em um veículo típico, a parte inferior do carro pode ser formada por várias partes individuais.

No ano passado, ao desenvolver uma nova plataforma para veículos pequenos, a Tesla pretendia perfurar a parte inferior do carro em uma única peça, como a Reuters publicou com exclusividade em setembro, citando cinco fontes com conhecimento das operações de gigacasting da fabricante. O objetivo no longo prazo era simplificar radicalmente a produção e cortar custos.

Mas desde então a Tesla interrompeu essa tentativa, optando por manter seu método de fundir as partes inferiores do veículo em três peças: duas seções na frente e atrás com gigacasting e uma seção no meio feita de alumínio e estruturas de aço para armazenar as baterias, de acordo com duas fontes com conhecimento do assunto.

Esse é basicamente o mesmo método de três peças que a empresa usou em seus últimos dois novos modelos, o Modelo Y de SUV crossover e a picape Cybertruck.

O recuo da Tesla no gigacasting de uma peça ainda não havia sido publicado. A fabricante não respondeu ao pedido por comentários.

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A decisão de segurar o potencial avanço de fabricação é mais um exemplo de ações da Tesla para reduzir gastos no curto prazo, para se ajustar à queda nas vendas e nas margens de lucro, ao abrandamento da demanda mundial por veículos elétricos e à intensificação da concorrência de fabricantes rivais, como a BYD, da China.

Demissões

No mês passado, a Tesla demitiu mais de 10% de sua força de trabalho global. Alguns executivos seniores também renunciaram ou foram afastados.

Essas decisões também refletem uma mudança fundamental de estratégia, com a Tesla agora focando mais em desenvolver veículos autônomos, no lugar de perseguir grandes crescimentos em volume de vendas de veículos elétricos.

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