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Tesouro Direto: boa opção de investimento em 2009?

por Conrado Navarro
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Tesouro Direto: boa opção de investimento em 2009?Guilherme comenta: “Navarro, aprendi no Dinheirama que com a recessão mundial que se aproxima do Brasil a tendência do Banco Central seja de baixar os juros. Isso, claro, na tentativa de reaquecer a economia e baixar o custo do capital que circula por aqui. Estou certo? Neste sentido, não é difícil deduzir que o ano será de muitas incertezas, pouco crescimento e alguma volatilidade em investimentos como bolsa de valores e fundos multimercado. Finalmente, a pergunta: em tempos assim, investir no Tesouro Direto pode ser a melhor alternativa, não acha? Obrigado”.

2008 terminou! Demorou, como alguns de meus amigos insistem em dizer. E 2009? Será que vale a pena investir[bb] nos mesmos produtos? Acreditamos nas mesmas pessoas? Ou será melhor deixar nossas “barbas de molho” e optar por alguma alternativa mais conservadora e menos emocionante? Ufa. Confesso que ainda sinto uma “ressaca” quando surge a história de ano velho e ano novo, mas não há como negar que este ano será realmente mais devagar. Bem mais devagar. Projeções otimistas garantem que o Brasil crescerá 3,5%. Os pessimistas acreditam em algo perto de 2%.

Mas, a esta altura, quem se importa com estimativas? Aos ouvidos dos milhões de brasileiros cansados de ouvir as palavras “crise”, “volatilidade”, “prejuízo” e “desaceleração” tais números soam como meros “chutes”, jogados ao acaso talvez por necessidade ou interesse. Não importa o que digam, a verdade é que 2009 será um ano de muito cuidado. Eis que a importância do artigo finalmente surge: o que um investidor cauteloso e inteligente faz em períodos complicados?

A resposta para a pergunta passa por um ingrediente cada vez mais escasso nas decisões financeiras e cotidianas de um enorme grupo de pessoas: o bom senso. Em tempos difíceis, de complicações econômicas, o investidor[bb] precisa manter seu dinheiro protegido e, se possível, ganhar algo com isso. Ora, emprestar dinheiro ao governo (é isso que fazemos quando compramos títulos públicos) é, na minha opinião, a aplicação mais segura que existe.

O Tesouro Direto está bombando!
Segundo estatísticas recentes, as aplicações via Tesouro Direto, programa do governo destinado à venda de títulos públicos para pessoas físicas, cresceram 373,2% em novembro de 2008 somando R$ 180 milhões contra o mesmo mês do ano passado. No ano, as vendas via Tesouro Direto atingiram R$ 1,4 bilhão. O número de investidores cadastrados no programa somou 142.749, crescimento de 42% nos últimos 12 meses.

Os juros aqui estão em 13,75%, um dos mais altos do mundo. Isso significa que ao emprestar dinheiro para o governo, este devolverá seu dinheiro corrigido anualmente com excelentes rentabilidades. Sim, porque uma rápida consulta na tabela de rentabilidades publicada no site do Tesouro Direto mostra, por exemplo, que:

  • As LTN, Letras do Tesouro Nacional, títulos de prazo mais curto com rentabilidade prefixada, oferecem retorno anual que vai de 12,4% a 13,4%;
  • As NTN-F, Notas do Tesouro Nacional (Série F), títulos de médio/longo prazo com rentabilidade prefixada, oferecem retorno anual que vai de 13,3% a 14,2%;
  • As LFT, Letras Financeiras do Tesouro, títulos de rentabilidade diária atrelados à Taxa Selic, oferecem retorno anual de 12,5%;
  • As alternativas de títulos indexados (IGP-M e IPCA) também trazem rentabilidade interessante, embora seus ganhos futuros dependam dos rumos da inflação.

Mas retornos da ordem de 12% a.a. são interessantes?
Em um ano complicado, onde nenhuma previsão parece ser confiável e que tem grandes chances de sofrer com a desaceleração econômica mundial, acho 12% um belo número. Aliás, 12% a.a. é bom em qualquer situação. Lembre-se que por retornos dessa ordem, muitos investidores aceitaram investir seu dinheiro com um picareta sem ao menos questionar sua estratégia ou modus operandi. Aqui é diferente: trata-se de emprestar dinheiro para o governo. Logo, precisamos considerar três coisas importantes:

1. Quando você investe em um fundo de renda fixa ou referenciado DI, de qualquer banco, seus gestores compram, entre outros títulos, alguns destes que mencionei neste artigo. Você pode fazer isso diretamente, sem ter que pagar a taxa de administração do fundo. Por que não fazê-lo? Seu fundo de renda fixa rendeu, em média, 11,5% em 2008, menos que as opções que mostrei aqui. Não pretendo dizer que os fundos são produtos ruins, apenas alertá-lo para uma oportunidade que talvez você ainda não conheça;

2. Por pura preguiça, muitos brasileiros deixam seu dinheiro na caderneta de poupança, onde ele rende metade do que renderia se aplicado em títulos públicos. Se você está entre os preguiçosos, mexa-se. Posso advinhar que você está preocupado: o ano não vai ser previsível e você quer garantir o melhor retorno com menor risco, não é? Pois é, a caderneta de poupança não é a opção mais interessante neste caso;

3. Comprar títulos púbicos implica risco quase zero. Por que? Ora, se você investir dinheiro em um título privado (CDB) e o banco quebrar, babau! O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) cobrirá até R$ 60 mil. O mesmo vale para a caderneta de poupança. Vimos bancos quebrando lá fora, vimos bancos quebrando por aqui antes do Proer. Não parece que isso vá se repetir, portanto CDBs também são produtos interessantes. Ora, se a chance de um banco brasileiro quebrar é pequena, qual a chance do governo brasileiro quebrar? Quase nula. Retorno interessante, risco baixo. Não é isso que procura?

Uma dúvida bastante comum sobre títulos públicos se refere à forma de resgate dos papéis. Basicamente, você pode comprar e esperar que a data de vencimento chegue, quando o dinheiro será devolvido com a correção correspondente ou vender em uma dia específico da semana. Em outras palavras, isso quer dizer que sempre que você precisar, poderá resgatar os títulos antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro Nacional garante a recompra de seu título todas as quartas-feiras.

Cabe informar que as rentabilidades apresentadas para efeito de comparação (dos fundos e dos títulos) são os equivalentes brutos, ou seja, sem incidência de IR (que acontece tanto para o fundo quanto para os papéis do Tesouro) e cobrança da taxa de administração (fundos) e custódia (títulos). Veja mais sobre IR nos artigos listados no final deste texto e também nos comentários deste artigo.

A pergunta do título do artigo está respondida? O Tesouro Direto é uma boa opção para o seu dinheiro[bb], independente de estarmos ou não no meio de uma crise. Sempre foi, mas só agora, de alguns anos para cá, é que ele ficou realmente acessível para o pequeno investidor. A esta altura você já deve estar querendo saber como investir diretamente em títulos públicos, de maneira fácil e rápida. Pois bem, consulte o material abaixo e seja feliz:

PS: Cuidado com a interpretação de texto, grande vilã das aulas de redação. Eu disse que os títulos públicos são ótimas alternativas de investimento, mas reconheço também o valor dos fundos de renda fixa, DI e CDBs. Tanto que já escrevi inúmeros artigos sobre estas opções, inclusive recomendando-as. Se querem uma escala de preferência pessoal, aqui vai ela: Tesouro Direto, CDB, fundos DI e fundos de renda fixa. Bons negócios!

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Crédito da foto para stock.xchng.

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