A Unacon (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) disse nesta terça-feira que irá paralisar as operações do Tesouro Direto todas as terças e quintas em uma “operação padrão” durante o estado de greve.
Os servidores, mobilizados desde janeiro, intensificaram as ações a partir de agosto, após o encerramento unilateral das negociações por parte do governo, disse o sindicato.
“A carreira de Finanças e Controle reivindica tratamento isonômico em relação às carreiras da AGU, da Polícia Federal e da Receita Federal, com as quais atua diretamente, além da negociação de três pontos centrais para a valorização: cumprimento integral do acordo firmado em 2015, que prevê a exigência de nível superior para o ingresso no cargo de Técnico Federal de Finanças e Controle; manutenção dos atuais treze níveis da tabela de progressão; e a correção de assimetrias salariais com carreiras de mesmo nível na Administração federal”, mostra uma nota.
Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada na quinta-feira (10) passada, o sindicato havia decidido pela ampliação da greve de um para dois dias.
Com isso, os servidores da Controladoria-Geral da União e do Tesouro Nacional farão greve às terças e quintas-feiras.
“A greve já impacta áreas estratégicas da Administração, como a suspensão de vendas de títulos pelo Tesouro Direto, e a expectativa é que as implicações se intensifiquem nos próximos dias, especialmente diante da possível publicação das exonerações a pedido dos servidores que colocaram seus cargos à disposição em apoio ao movimento Valorização Já!”, destacou o sindicato.
Nas interrupções recentes, o Tesouro tem informado que os agendamentos de compra previstos para os dias suspensos são cancelados. No entanto, as operações de resgate antecipado e agendamentos acontecem normalmente.