Aqui vai a verdade nua e crua: Investir é apenas o básico.
Não me entenda mal. Sem investir, você nem entra no jogo.
Investir é plantar a semente e regar de vez em quando. A semente é o fruto do seu trabalho.
Mas transformar essa semente em uma árvore gigante exige cuidados.
Um desses cuidados é podar. E nos investimentos, podar é rebalancear. O que é rebalancear?
Vou te mostrar com um exemplo prático.
Você começou investindo R$ 500,00 no ativo A e R$ 500,00 no ativo B, 50% em cada um.
ATIVO | ATIVO A | ATIVO B |
---|---|---|
Investimento inicial | R$ 500 | R$ 500 |
Rendimento ano 1 | R$ 1.000 (+100%) | R$ 250 (-50%) |
Rendimento ano 2 | R$ 500 (-50%) | R$ 500 (+50%) |
Valor final | R$ 500 | R$ 500 |
Perceba que o ativo A, no primeiro ano, subiu +100%, e nesse mesmo ano o ativo B caiu –50%. No segundo ano, o ativo A caiu –50% e o ativo B subiu +50%.
Mas no primeiro cenário não aconteceu o rebalanceamento, então você continuou com os mesmos R$ 1.000 investidos.
Esse é o cenário com o rebalanceamento entre os dois anos:
ATIVO | ATIVO A | ATIVO B |
---|---|---|
Investimento inicial | R$ 500 | R$ 500 |
Rendimento ano 1 | R$ 1.000 (+100%) | R$ 250 (-50%) |
Rebalanceamento | R$ 625 | R$ 625 |
Rendimento ano 2 | R$ 312,50 (-50%) | R$ 1.250 (+50%) |
Valor final | R$ 500 | R$ 500 |
E como resultado, a carteira que foi rebalanceada teve como valor final total R$ 1.562,50, um rendimento de 56,25%. Contra um rendimento de 0%.
Isso é rebalancear. É reduz os riscos de “galhos podres” — setores ou ativos que cresceram demais e estão vulneráveis a quedas.
A vida devolve na medida em que você entrega. Se você não cuidar dos seus investimentos, eles não vão por conta própria.
Mas se você decide fazer mais que o mínimo, a colheita sempre será abundante.
Comece agora. Faça mais que o básico.