O TikTok levantou neste domingo preocupações com a liberdade de expressão sobre um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que proibiria o popular aplicativo de mídia social nos EUA se seu proprietário chinês, ByteDance, não vendesse sua participação em um ano.
A Câmara aprovou a norma no sábado por uma margem de 360 a 58. Ela agora segue para o Senado, onde poderá ser submetida a votação nos próximos dias. O presidente Joe Biden já disse que assinará o projeto de lei.
A medida para incluir o TikTok em um pacote mais amplo de ajuda financeiras a Ucrânia, Israel e Taiwan pode acelerar o cronograma de uma possível proibição depois que um projeto de lei separado anterior ficou paralisado no Senado dos EUA.
“O mundo está assistindo ao que o Congresso faz”, afirmou a Casa Branca em comunicado na sexta-feira. “Aprovar essa lei mandaria uma forte mensagem sobre a força da liderança norte-americana em um momento crucial. O governo pede que ambas as casas do Congresso enviem rapidamente esse pacote de financiamento suplementar para a sanção do presidente.”
“É lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de norte-americanos”, disse TikTok em comunicado.
Muitos parlamentares norte-americanos dos partidos Republicano e Democrata e da administração Biden dizem que o TikTok representa riscos para a segurança nacional, porque a China poderia obrigar a empresa a partilhar os dados dos seus 170 milhões de utilizadores norte-americanos.
O TikTok insiste que nunca compartilhou dados dos EUA e nunca o faria.