O presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, disse nesta sexta-feira que a subsidiária brasileira TIM (TIMS3) é estratégica para o grupo italiano.
Labriola, que foi presidente da TIM Brasil antes de ser nomeado para liderar a Telecom Italia em 2021, está no comando de um processo de restruturação de dívida do grupo, incluindo venda de ativos.
“O Brasil para nós é um pedaço importante, estratégico do grupo”, disse ele a jornalistas em evento do grupo empresarial Lide, no Rio de janeiro. “Sem dívida na Itália, também no Brasil podemos voltar a crescer”, acrescentou.
A Telecom Italia acertou neste ano a venda de sua rede fixa para empresa norte-americana de private equity KKR, em um negócio de cerca de 22 bilhões de euros, incluindo dívida e potenciais pagamentos adicionais, mas os termos do acordo sofrem oposição da maior acionista individual do grupo italiano, a companhia francesa Vivendi.
A Telecom Italia também busca a venda de sua rede de cabos submarinos Sparkle.
Paralelamente, o acionista e antigo vice-diretor geral da Telecom Italia Stefano Siragusa chegou a se posicionar publicamente a favor de um plano alternativo, apoiado pela empresa de investimentos britânica Merlyn Advisors, que envolvesse a venda da TIM Brasil e de operações domésticas de varejo da Telecom Italia.
Juntos, Siragusa e Merlyn Advisors têm menos de 3% da Telecom Italia, e até agora o plano não foi para frente.
Labriola afirmou nesta sexta-feira que a Telecom Italia nunca parou de investir no país, e que a TIM Brasil “está performando muito bem”.
“O Brasil não é algo que ganhamos na loteria, é resultado de investimentos que o grupo fez no passado”, afirmou ele. “Quando a (operação na) Itália gerava muito caixa, parte do caixa foi investida no crescimento no Brasil. Agora, o Brasil está colocando o resultado que merece frente a todos os investimentos feitos”, acrescentou ele.