A operação de compra das ações da Eletrobras (ELET3) e venda da Auren (AURE3) traz uma oportunidade de ganhos de até 6,2% no curto e médio prazo, avalia o Santander em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (18).
Segundo os analistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa, a Eletrobras reúne uma combinação de catalisadores de curto e médio prazo que devem seguir impulsionando o interesse dos investidores pela companhia.
Eles citam os ganhos de eficiência interna, a dissipação de riscos regulatórios e ruídos políticos e a venda de ativos.
“Esperamos que o desfecho da conciliação entre a Eletrobras e o governo federal seja vantajoso para a empresa. Recentemente, o pedido da União para aumentar o poder de voto na Eletrobras, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe volatilidade adicional às ações da empresa”, explicam.
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O cenário base do banco é de manutenção da configuração definida durante o processo de privatização da Eletrobras – apesar da possibilidade de o governo obter mais 2 assentos no Conselho, aumentando o total de conselheiros para 11.
“Em contrapartida, também esperamos uma antecipação dos passivos criados na privatização (CDE e Fundos Setoriais)”, apontam.
Um ponto que sustenta a estratégia do Santander foi a recente incorporação de Furnas, que validou os esforços e eficiência interna.
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Auren
“Por outro lado, no caso da Auren, a ausência de catalisadores de curto prazo e o fato da empresa estar negociando a um valuation próximo do justo (TIR implícita de 8,1% vs. 14,7% da Eletrobras), deveriam limitar o desempenho das ações no curto prazo, servindo como boa opção de funding para essa operação”, destacam.