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Tradição de Natal: preservando a cultura ou simples status quo?

por Adriana Spacca Olivares Rodopoulos
3 min leitura
dinheirama-destaque-tradicao-natal

dinheirama-post-tradicao-natalObserve o título deste artigo e faça uma reflexão sobre a tradição: trata-se de uma maneira de preservar cultura e costumes ou a simples atuação do viés do status quo e comportamento de manada?

Sim, estou me referindo à tradição do Natal. E para responder à pergunta acima, basta prestar atenção ao que vem à sua cabeça muito rapidamente quando se fala em Natal: presentes, ceia e adereços natalinos ou celebração cristã acerca do nascimento de Jesus Cristo? Seja sincero!

Pois é, o Natal acabou se transformando numa celebração totalmente baseada no consumo. Uma série de “tem que”. Tem que ter peru, tem que participar do amigo secreto, tem que comprar lembrancinhas e presentes para todo mundo, tem que enfeitar a casa, tem que passar com a família, tem que…

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O Natal acabou virando uma espécie de check list e a gente dá um jeito de providenciar tudo o que a “tradição” manda par ter um Natal Feliz. Daí que uma das coisas que mais me chama a atenção nessa época é a quantidade de “dicas”, “passos” e “truques” para garantir todos os “tem que” do Natal com economia e criatividade. Não é assim?

Pode ser que você não concorde comigo, mas eu vejo a coisa mais ou menos assim: nós acabamos criando uma tradição que envolve um aumento substancial dos nossos gastos e aí temos que “dar nó em pingo d’água” (como diria minha mãe) para economizar quando não temos o suficiente para garantir um Natal Feliz (!), como manda o figurino (expressão de minha mãe também).

Desculpe, mas para mim isso não faz o menor sentido! Acho que o Espírito de Natal acabou se transformando em um Frenesi de Consumo! E quando a gente vê, já está lá seguindo com o bando e repetindo esse comportamento ano após ano.

Ter um Natal Feliz está diretamente ligado com a sua capacidade de consumo: a ceia perfeita, o presente tão sonhado, a roupa nova, a casa mais bem decorada da vizinhança, as fotos mais glamourosas que serão devidamente postadas no Facebook em tempo real e por ai vai… Porque não basta ter, tem que mostrar!

E aí vale tudo! Não tem tempo de armar o circo, ops!, quer dizer, providenciar uma Noite Feliz? Não tem problema nenhum: contrate pessoas para fazer isso por você! Afinal o que vale não é a intenção, nem o carinho, nem a gratidão… Essas coisas são invisíveis, não saem nas fotos do Facebook.

No último final de semana, assisti a uma matéria sobre aluguel de árvores de natal montadas: a pessoa contrata uma empresa para montar a árvore e enfeitar a casa. E o repórter dizia tratar-se da “saída perfeita para quem não tem tempo”. Eu acrescentaria: “A saída perfeita para quem está na manada, achando que Natal Feliz é uma casa bem decorada”.

E sabe o que é mais triste nisso tudo: nossas crianças estão entendendo tudo errado! E como só foram expostas a esse tipo de celebração, é assim que elas vão celebrar também quando tiverem seus próprios filhos. E assim por diante…

Veja, não estou dizendo que não devemos celebrar o Natal, muito pelo contrário. Mas é preciso encontrar um sentido mais humano para essa celebração.

Afinal, a ceia perfeita será consumida, os enfeites serão guardados num maleiro qualquer, os presentes vão perder o encanto logo que o Réveillon chegar e as fotos do Facebook vão perder o “prazo de validade”. O que vai ficar?

Bem, despeço-me por aqui desejando a todos e a cada um de vocês um Natal repleto de significado. De sentido. Aproveito também para deixar o presente mais valioso que eu posso dar: a minha gratidão por vocês e pela equipe Dinheirama. Obrigada e até 2014! Feliz Natal!

Foto “Christmas fireplace”, Shutterstock.

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