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Trump se torna primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar julgamento criminal

"Isso é perseguição política", disse Trump, de 77 anos, antes de entrar no tribunal e se sentar à mesa da defesa, acompanhado de seus advogados e vestindo seu terno azul e gravata vermelha característicos

por Reuters
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O ex-presidente dos EUA Donald Trump em evento da campanha

Donald Trump se tornou o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser julgado criminalmente nesta segunda-feira, quando compareceu a um tribunal de Manhattan para enfrentar acusações decorrentes de um suposto suborno a uma estrela pornô que podem complicar sua tentativa de reconquistar a Casa Branca na eleição presidencial de novembro.

“Isso é perseguição política”, disse Trump, de 77 anos, antes de entrar no tribunal e se sentar à mesa da defesa, acompanhado de seus advogados e vestindo seu terno azul e gravata vermelha característicos.

Ele é obrigado a comparecer ao julgamento, que deve durar até maio. A seleção do júri deve durar cerca de uma semana, seguida pelo depoimento de testemunhas.

A polícia ficou de guarda em frente ao tribunal, em meio a um labirinto de barricadas, e helicópteros acompanharam o cortejo de SUVs pretos que transportaram Trump de seu apartamento na Trump Tower.

Um grupo de manifestantes, reunidos na praça do outro lado da rua, carregava cartazes pintados à mão com os dizeres “Perdedor” e “Condenem Trump já”.

Embora o caso seja considerado por alguns especialistas jurídicos como o menos influente dos quatro processos criminais que Trump enfrenta, esse é o único que tem a garantia até o momento de ir a julgamento antes da eleição de 5 de novembro.

Trump possui outros três processos criminais atolados em disputas legais. Dois dos outros casos dizem respeito às suas tentativas de reverter a derrota na eleição de 2020 e um envolve a retenção de documentos confidenciais após deixar o cargo em 2021.

Ele é acusado de falsificar registros para encobrir um pagamento de 130.000 dólares feito por seu então advogado Michael Cohen a Daniels nos últimos dias da campanha presidencial de 2016 para comprar o silêncio dela sobre um encontro sexual em 2006 que ela disse ter tido com ele.

Trump tem negado qualquer relacionamento desse tipo. No ano passado, ele se declarou inocente de 34 acusações de falsificação de registros comerciais no processo movido pelo procurador de Manhattan, Alvin Bragg, no tribunal estadual de Nova York. Uma condenação não impediria Trump de concorrer ou assumir um cargo.

Ele tem classificado todos os casos criminais contra ele como tendo a intenção de prejudicá-lo politicamente – mesmo quando alerta que tentará mover o Departamento de Justiça contra adversários políticos, incluindo Biden, caso retorne à Presidência.

“Haverá um argumento da defesa de que se trata de uma acusação politicamente motivada e que, se houvesse um crime real, eles teriam apresentado um crime real e, em vez disso, eles têm pequenas anotações em um talão de cheques”, disse Adam Kaufmann, ex-promotor do gabinete do procurador de Manhattan.

O procurador Bragg argumenta que o caso se refere a um esquema ilegal para corromper a eleição de 2016, enterrando uma história escandalosa que teria prejudicado a campanha de Trump. Os advogados de Trump afirmaram que o pagamento a Daniels não representou uma contribuição ilegal para a campanha.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada na semana passada revelou que quase dois em cada três eleitores consideram as acusações do caso pelo menos um pouco sérias. Cerca de 25% dos republicanos e metade dos independentes disseram que não votariam em Trump se ele fosse condenado por um crime.

A escolha de um júri em Manhattan, uma região fortemente democrata, pode levar vários dias, seguidos de declarações iniciais e depoimentos de testemunhas no julgamento presidido pelo juiz Juan Merchan.

Daniels e Cohen estão entre as testemunhas que devem depor. Trump disse que planeja testemunhar em sua própria defesa, um plano arriscado que o colocará em um interrogatório minucioso por parte dos promotores.

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