A empresária e cofundadora do Nubank (NU; ROXO34), Cristina Junqueira, disse que, em sua trajetória profissional, chegou a uma conclusão importante de vida, que transferiu para a sua família: “Tudo que custa dinheiro é barato”, afirmou durante uma entrevista ao influenciador Bruno Perini, durante o Finday 2024, realizado neste sábado (19), em São Paulo.
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Segundo ela, as coisas mais caras você não pode comprar: “a saúde, casamento de verdade, feliz e fiel, uma relação bacana com seus filhos, a presença no dia-a-dia com seus filhos, integridade, carinho, amor de alguém. Nada disso se compra. Tudo que tiver um preço, tudo bem, é barato e alguém pode comprar. É uma coisa que às vezes passa na minha cabeça”.
A decisão mais importante
Junqueira lembra também sobre a “importância de se ter um parceiro bom ao seu lado”.
“Ter alguém que compartilhe os seus objetivos de vida e na mesma página sobre os sacrifícios que você tem que fazer. A decisão mais importante, inclusive financeira, não é a faculdade ou trabalho, mas é com quem a gente casa ou tem filho. Nada mais importante que vai determinar a direção financeira. Pensem muito sobre quem está do lado, combinem o jogo. O combinado sai barato para caramba”, afirma.
O começo do Nubank
Junqueira também contou sobre a sua decisão de sair do banco em que estava há anos para empreender, mas sem ainda saber no quê.
“Pedi demissão em março e, por seis meses, pensei no que fazer. Então, em 2 meses após ler 10 livros, decidi começar com o Davi Vélez [cofundador]”, explica.
Ela lembra que o seu objetivo não era empreender e que, há 12 anos, quase não havia fundo de venture capital no Brasil. “Achava que ia para outra empresa com mais desafios”,
“Mas conheci meu sócio, o Davi, que trabalhava para o maior fundo do mundo, o Sequoia, e não é possível que não tenha ainda uma startup financeira no Brasil. Por que ninguém encara este desafio de frente?”, disse.
Junqueira lembra que, no Brasil, ninguém os apoiou. “Não levantamos 1 real. Diziam que não era possível. Foram infinitos nãos: no café, almoço e na janta”.
Crescimento
Com o dinheiro captado no exterior, ela revelou que o seu sonho era de conseguir 1 milhão de clientes em 5 anos, o que aconteceu em apenas 2 anos. E, nos seis meses seguintes, chegaria a 4 milhões.
“Hoje temos 95 milhões de clientes no Nubank. Mais de 60% da população adulta, somos o maior para pessoas jurídicas e 0 maior para crianças e adolescentes, e estamos agora em 3 países, com crescimento no México e na Colômbia”, ressalta.
A executiva destaca que o segredo é tratar bem o cliente:
“Antes de começar o Nubank eu não me conformava, era o poste fazendo xixi no cachorro. E aí ficava enfiando os produtos nos clientes. Que tal inverter isso e fazer o que o cliente quer. Não tem nada da Nasa!. O consumidor tinha as piores experiências do mundo e falamos: ‘Vamos resolver esse B.O. aí'”.
Assim, a ideia foi começar do zero, tendo como a única restrição a regulamentação.
“Fizemos a primeira versão do contato do cartão e fui eu que escrevi. Queria que fosse escrito em português, não em ‘legalês’. Vem muito daí. O grande segredo de ter chegado tão longe e tão rápido, tem a ver com essa cultura e o desafio para fazer melhor. Tínhamos a clareza dos riscos, mas tinha muita confiança de que iria dar certo”, explica.
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