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“Tudo que custa dinheiro é barato”, diz Cris Junqueira, do Nubank

"A decisão mais importante, inclusive financeira, não é a faculdade ou trabalho, mas é com quem a gente casa", disse a cofundadora do banco

por Gustavo Kahil
Cris Junqueira, cofundadora do Nubank, durante o Finday 2024

A empresária e cofundadora do Nubank (NU; ROXO34), Cristina Junqueira, disse que, em sua trajetória profissional, chegou a uma conclusão importante de vida, que transferiu para a sua família: “Tudo que custa dinheiro é barato”, afirmou durante uma entrevista ao influenciador Bruno Perini, durante o Finday 2024, realizado neste sábado (19), em São Paulo.

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Segundo ela, as coisas mais caras você não pode comprar: “a saúde, casamento de verdade, feliz e fiel, uma relação bacana com seus filhos, a presença no dia-a-dia com seus filhos, integridade, carinho, amor de alguém. Nada disso se compra. Tudo que tiver um preço, tudo bem, é barato e alguém pode comprar. É uma coisa que às vezes passa na minha cabeça”.

A decisão mais importante

Junqueira lembra também sobre a “importância de se ter um parceiro bom ao seu lado”.

“Ter alguém que compartilhe os seus objetivos de vida e na mesma página sobre os sacrifícios que você tem que fazer. A decisão mais importante, inclusive financeira, não é a faculdade ou trabalho, mas é com quem a gente casa ou tem filho. Nada mais importante que vai determinar a direção financeira. Pensem muito sobre quem está do lado, combinem o jogo. O combinado sai barato para caramba”, afirma.

O começo do Nubank

Junqueira também contou sobre a sua decisão de sair do banco em que estava há anos para empreender, mas sem ainda saber no quê.

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“Pedi demissão em março e, por seis meses, pensei no que fazer. Então, em 2 meses após ler 10 livros, decidi começar com o Davi Vélez [cofundador]”, explica.

Ela lembra que o seu objetivo não era empreender e que, há 12 anos, quase não havia fundo de venture capital no Brasil. “Achava que ia para outra empresa com mais desafios”,

“Mas conheci meu sócio, o Davi, que trabalhava para o maior fundo do mundo, o Sequoia, e não é possível que não tenha ainda uma startup financeira no Brasil. Por que ninguém encara este desafio de frente?”, disse.

Junqueira lembra que, no Brasil, ninguém os apoiou. “Não levantamos 1 real. Diziam que não era possível. Foram infinitos nãos: no café, almoço e na janta”.

Crescimento

Com o dinheiro captado no exterior, ela revelou que o seu sonho era de conseguir 1 milhão de clientes em 5 anos, o que aconteceu em apenas 2 anos. E, nos seis meses seguintes, chegaria a 4 milhões.

“Hoje temos 95 milhões de clientes no Nubank. Mais de 60% da população adulta, somos o maior para pessoas jurídicas e 0 maior para crianças e adolescentes, e estamos agora em 3 países, com crescimento no México e na Colômbia”, ressalta.

A executiva destaca que o segredo é tratar bem o cliente:

“Antes de começar o Nubank eu não me conformava, era o poste fazendo xixi no cachorro. E aí ficava enfiando os produtos nos clientes. Que tal inverter isso e fazer o que o cliente quer. Não tem nada da Nasa!. O consumidor tinha as piores experiências do mundo e falamos: ‘Vamos resolver esse B.O. aí'”.

Assim, a ideia foi começar do zero, tendo como a única restrição a regulamentação.

“Fizemos a primeira versão do contato do cartão e fui eu que escrevi. Queria que fosse escrito em português, não em ‘legalês’. Vem muito daí. O grande segredo de ter chegado tão longe e tão rápido, tem a ver com essa cultura e o desafio para fazer melhor. Tínhamos a clareza dos riscos, mas tinha muita confiança de que iria dar certo”, explica.

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