O anúncio do Banco Central da República Tcheca, feito ao Financial Times, sobre a análise para comprar bilhões de euros em Bitcoin (BTCUSD) chamou a atenção de investidores globais. Anthony Pompliano, CEO da Professional Capital Management, destacou em sua análise que o movimento não é isolado. Países como El Salvador, Butão e até os EUA, sob proposta de Donald Trump, já sinalizaram interesse estratégico na criptomoeda.
Pompliano ressaltou que a demora de outras nações em seguir o exemplo surpreende, já que líderes como Vladimir Putin discutiram publicamente o uso de Bitcoin em transações internacionais. Ele especula que muitos países já estão acumulando a criptomoeda em sigilo, evitando impactar os preços antes de concluírem aquisições.
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A proposta tcheca, liderada pelo presidente do banco central, Aleš Michl, chama atenção pela ambição: uma alocação de 5% em Bitcoin, acima da média histórica de 1-2% sugerida por outros países. O argumento principal é a “correlação zero com títulos”, tornando-o um ativo estratégico para diversificação.
Apesar do entusiasmo, Michl enfatizou que a análise está em fase inicial e não há decisão iminente. Pompliano, porém, prevê que tanto a República Tcheca quanto os EUA concluirão que precisam incluir Bitcoin em suas reservas, acelerando uma onda global de adoção até 2025.
Adoção crescente do Bitcoin
• Tendência global de acumulação de Bitcoin avança silenciosamente. “Presidente Donald Trump falou por meses sobre reserva estratégica de Bitcoin; El Salvador compra um BTC por dia”, destacou Pompliano. Ele lembrou que o Butão detém US$ 1,3 bilhão (quase 50% do PIB) e que a Rússia já usa a criptomoeda em pagamentos internacionais. Para o CEO, países estão comprando em segredo: “Se você anuncia antes de comprar, arrisca elevar o preço e perder oportunidades”.
• Proposta tcheca destaca alocação ambiciosa e liderança de alto nível. A sugestão de alocar 5% em BTC, vinda diretamente do presidente do banco central, é vista como um marco. “Em vez de um funcionário júnior, é o líder máximo sugerindo isso”, comentou Pompliano. A lógica de Michl, baseada em diversificação de portfólio, é considerada “um argumento mais plausível para o mundo institucional”.
• Bolha? “Para a diversificação de nossos ativos, o bitcoin parece bom”, disse Michl. “Esses caras [Trump] agora podem criar uma bolha para o bitcoin, mas acho que a tendência seria um aumento sem esses caras também, porque é um [investimento] alternativo para mais pessoas.”
• Declarações cautelosas não escondem análise aprofundada. Em resposta ao artigo, Michl postou no X: “O objetivo do Banco Nacional Tcheco é estabilidade de preços […] Bitcoin tem volatilidade significativa, mas correlação zero com títulos”. Pompliano comparou o caso ao grupo de trabalho dos EUA que estuda reservas estratégicas em BTC: “Minha previsão é que ambos os países concluirão que precisam deter a criptomoeda”.
• Adoção por nações pode disparar preço em 2025. “Se países comprarem bilhões de dólares em Bitcoin, 2025 será animador”, projetou Pompliano. Ele reforçou que a tese de “Estados-nação como adotantes” está se concretizando: “Bitcoiners estavam certos de novo. A hora dessa ideia chegou”. Com a República Tcheca e EUA em cena, o mercado aguarda um novo capítulo na história das criptomoedas.