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Um recado para os pais que se preocupam o futuro da educação dos filhos

por Soraia Fidalgo
3 min leitura
Shutterstock

Uma das maiores sacadas do setor de previdência privada foi a criação de um plano específico para crianças. Isto desmistificou o conceito de que planos de previdência são voltados apenas para a aposentadoria.

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Afinal, alguém imagina que um pai contrata um plano para o filho recém-nascido visando que este tenha recursos para quando parar de trabalhar? Não, não é bem este o projeto.

Esses pais – assim como muitos avós, tios e padrinhos, que também adquirem esse produto para os pequenos – têm mesmo sabedoria, pois todos sabem que a educação contribui para melhorar e impulsionar a vida dos indivíduos. Com isso, a ideia é que os menores usufruam do montante ainda jovens.

Educação: gatilho para a ascensão social

Pesquisas qualitativas sobre o motivo da aquisição de planos de previdência apontaram que a educação dos filhos, sobrinhos, netos e afilhados é prioridade. Claro que há diferenças entre os estratos sociais.

Enquanto as pessoas das classes A e B têm foco nas especializações, mestrados e intercâmbio, as das C e D pretendem investir os recursos financeiros acumulados na primeira formação das crianças.

E para estes dois últimos, nota-se ainda a vontade de os adultos proporcionarem aos menores aquilo que não tiveram, com a esperança de que progridam e tenham melhores oportunidades na vida.

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Só há um Bill Gates e um Silvio Santos no mundo

Um é o gênio dos computadores; o outro, um ícone da comunicação. Eles têm em comum o fato de serem ricos, reconhecidos por sua genialidade e… não terem formação superior! Mas não nos deixemos enganar: ambos são exceção.

Para a imensa maioria, é preciso estudar bastante para ter sucesso. E especificamente no Brasil, com o crescimento da expectativa de vida e com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, só se destacam (e se destacarão no futuro) aqueles que estiverem mais bem preparados.

Soma-se a essa realidade um estudo mundial feito em 15 países pela OCDE, sigla da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, e divulgado dois anos atrás, que acrescenta algo que tem muito a ver com o que mencionei antes sobre os anseios das classes sociais brasileiras.

A pesquisa What are the social benefits of education? (em tradução livre “Quais os benefícios sociais da educação?) não incluiu o Brasil entre os países ouvidos, mas demonstrou que quem estuda, além de ser mais feliz, é mais longevo.

Ou seja, uma combinação perfeita para os brasileirinhos que nascerão nos próximos anos, que segundo diversos especialistas, devem viver mais, mas necessitarão ter melhor qualidade de vida no futuro do que temos hoje.

Assim, os adultos que colaboram hoje para o bem-estar financeiro dos pequenos no amanhã, sem dúvida, têm visão de longo prazo.

Aos poucos e com muito pouco se chega lá

Voltando ao caso dos planos para menores, como o foco são períodos maiores de aportes (não raro começa-se a investir no nascimento para saque aos 18 ou 21 anos de idade), há um longo horizonte de tempo para a acumulação de recursos.

Importante observar que os aportes mensais estejam adequados à renda da família e, ao mesmo tempo, sejam suficientes para a realização do objetivo – como, por exemplo, acumular o suficiente para pagar um curso superior.

O leitor pode pensar que é difícil – impossível, talvez – conseguir, por meio de um plano de previdência, recursos suficientes para pagar um curso técnico ou superior, fazer um intercâmbio ou mesmo concluir um MBA. Não é!

Com disciplina é perfeitamente possível, em apenas 18 anos de investimento com um valor mensal pequeno, acumular a quantia para tais projetos.

Fiz algumas simulações, todas considerando aportes por um período de 18 anos:

  • Curso técnico no valor de R$ 5 mil – Aportar aproximadamente por mês R$ 25 (ainda podendo ter uma boa sobra para viabilizar outros projetos);
  • Curso superior no valor total de R$ 30 mil em faculdade popular – R$ 78. Se o curso for numa escola um pouco melhor, o valor mensal deve ser por volta de R$ 118;
  • MBA no valor de R$ 10 mil – Aportes mensais no valor de R$ 26;
  • Intercâmbio nos Estados Unidos no valor de R$ 17 mil – R$ 45;
  • Pós-graduação, também nos EUA, no valor de R$ 110 mil – Aportes de aproximadamente R$ 288.

Conclusão

Os adultos que pensam no futuro financeiro das crianças e agem concretamente para isso, estão dando uma contribuição não só para seus entes queridos, mas para a toda a sociedade. A razão é que, assim, colaboram para a melhora da qualidade de vida das próximas gerações.

E os valores que depositam mês a mês, ano após ano, totalizarão uma soma que certamente fará grande diferença no início da vida adulta das crianças. Soma-se a isso que estes, quando adultos, transmitirão esses conceitos de educação financeira para seus filhos, num verdadeiro ciclo virtuoso.

Foto: A mortarboard and graduation scroll, Shutterstock.

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