A UPS (UPS; UPSS34) se tornará a principal fornecedora de transporte aéreo do Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS, na sigla em inglês), informou a empresa nesta segunda-feira, à medida que a rival FedEx (FDX; FDXB34) diminui sua participação após pressionar por um novo contrato melhor que o atual com a agência norte-americana.
As ações da UPS subiam 1,4% no pré-mercado, enquanto as ações da FedEx recuavam 1,6%. Os termos financeiros do contrato, que deve entrar em vigor após um “período de transição”, não foram divulgados.
O USPS é o maior cliente do segmento expresso aéreo da FedEx. A empresa disse que estava preparada para abandonar o relacionamento de 22 anos se os termos do contrato existente, previsto para expirar em 29 de setembro, não melhorassem.
A FedEx, que tem se empenhado em controlar as despesas para combater a queda na demanda de frete e uma estrutura de custos inchada, disse nesta segunda-feira que não estenderá seu contrato com a USPS.
“As partes não conseguiram chegar a um acordo sobre termos mutuamente benéficos para prorrogar o contrato”, disse a FedEx em um documento.
O fim do contrato doméstico com a USPS eliminará quase 2 bilhões de dólares em negócios anuais que financiam centenas de empregos de pilotos na FedEx. Entretanto, a perda levará a FedEx a reduzir sua capacidade aérea, o que a beneficiará no médio prazo, segundo alguns analistas.
A empresa de entregas ainda não chegou a um novo acordo contratual com seus pilotos.
Os pagamentos do USPS à FedEx diminuíram para cerca de 1,73 bilhão de dólares no ano fiscal de 2023, de 2,4 bilhões de dólares durante o ano fiscal encerrado em setembro de 2020, depois que o serviço postal transferiu o envio de cartas e pacotes para caminhões.