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USDA reduz estimativa da safra brasileira de soja

O Brasil, maior fornecedor mundial de soja, compete com os Estados Unidos pelas vendas globais

por Reuters
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O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu sua previsão para a safra de soja no Brasil 2023/24 nesta quinta-feira, no mais recente corte após um clima quente e seco em partes do país.

O USDA estimou a produção brasileira de soja em 156 milhões toneladas em um relatório mensal, apenas um pouco abaixo das 157 milhões de toneladas da previsão de janeiro.

O órgão dos EUA ainda colocou a safra acima a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que nesta quinta-feira reduziu projeção da produção brasileira para 149,4 milhões de toneladas, contra 155,27 milhões de toneladas previstas em janeiro).

Os analistas esperavam em média 153,15 milhões de toneladas para a projeção do USDA, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

O USDA provavelmente reduzirá ainda mais sua estimativa para a soja brasileira em março, disse Craig Turner, consultor sênior de gestão de risco da StoneX.

O USDA ainda elevou a projeção de safra velha de soja (2022/23) do Brasil para um recorde de 162 milhões de toneladas, ante 160 milhões na previsão do mês passado.

Em meio a uma maior oferta da safra passada, a exportação de soja brasileira em 2023/24 foi estimada ainda em históricas 100 milhões de toneladas, leve alta contra as 99,50 milhões de toneladas da previsão do mês anterior e ante 95,51 milhões do ciclo passado.

O Brasil, maior produtor e exportador de soja, compete com os Estados Unidos pelas vendas globais.

O país, que também disputa com os EUA a posição de maior exportador global de milho, perdeu o lugar de líder após uma queda na safra do cereal, conforme números do USDA atualizados nesta quinta-feira.

O USDA agora projeta que o Brasil exportará 52 milhões de toneladas de milho em 2023/24, versus 54 milhões de toneladas na previsão de janeiro.

Já os EUA deverão exportar 53,34 milhões de toneladas, segundo o USDA, que não alterou a projeção divulgada em janeiro.

Na temporada anterior, o Brasil já havia sido o maior exportador de milho, com 56 milhões de toneladas, segundo o USDA, versus 42,2 milhões para os norte-americanos.

Os EUA, contudo, produzem muito mais milho que o Brasil, com safra estimada em recorde de 389,69 milhões de toneladas em 2023/24.

Já a estimativa de safra de milho brasileiro no mesmo período foi vista em 124 milhões de toneladas, contra 127 milhões de toneladas na previsão anterior. Na temporada passada, o Brasil produziu um recorde de 137 milhões de toneladas do cereal.

Apesar das estimativas menores para a safra do Brasil, os futuros do milho e da soja nos EUA pouco mudaram depois de caírem esta semana para mínimas de três anos, uma vez que as ofertas globais de grãos estão se tornando mais confortáveis após o aperto devido à guerra na Ucrânia e ao clima global desfavorável para as colheitas.

Uma colheita recorde de milho nos EUA e as fracas exportações dos EUA contribuíram para o aumento dos estoques.

O USDA estimou os estoques finais de soja dos EUA para 2023/24 em 315 milhões de bushels, acima dos 280 milhões de janeiro e acima das estimativas dos analistas de 284 milhões.

“Para a soja, estamos passando de um mercado com oferta restrita para um mercado adequado”, disse Turner.

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