O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, vai permanecer preso após ter sido autuado em flagrante na véspera por porte ilegal de arma, segundo resultado de audiência de custódia pela qual o dirigente passou nesta sexta-feira, disseram duas fontes à Reuters com conhecimento do caso.
Costa Neto foi detido em Brasília após ter sido alvo de mandados de busca e apreensão nas investigações realizadas pela Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado por pessoas ligadas ao pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL. Durante as buscas, o líder partidário foi autuado também por deter uma pepita de ouro sem registro
Procurado pela Reuters, Marcelo Bessa, um dos advogados de Costa Neto, disse que não iria comentar a decisão de manter seu cliente preso.
O também advogado e responsável pela comunicação do PL Fabio Wajngarten, ex-ministro do governo Bolsonaro, foi às redes sociais protestar contra a decisão.
“A não soltura do presidente Valdemar nesse momento só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive. Minha solidariedade à ele, bem como à sua esposa e familiares”, disse. “Vergonhoso”, acrescentou ele no X, antigo Twitter, em caixa alta.
Uma das fontes disse à Reuters que as demais pessoas que passaram por audiência de custódia tiveram suas prisões mantidas, entre eles o ex-assessor presidencial Filipe Martins.
Ele teria sido um dos responsáveis, segundo investigações da PF, por entregar a Bolsonaro um esboço de um texto de um golpe de Estado em caso de vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva.