As ações da Hypera (HYPE3) tem reagido mal ao anúncio de uma possível fusão com a EMS, anunciada na última segunda-feira (21). Em queda, vale a pena comprar os papeis?
Segundo o time do Santander, a resposta agora é não.
Em um relatório publicado nesta quarta-feira (23), os analistas Caio Moscardini e Karoline Silva Correia cortaram o preço-alvo de R$ 33,50 para R$ 30,75 com o objetivo para o final de 2025.
O modelo foi ajustado para o “processo de otimização do capital de giro”. A recomendação de manutenção foi reitarada.
“As ações da Hypera provavelmente continuarão sendo negociadas com base nas notícias acerca da fusão com a EMS até que o conselho de administração comunique sua decisão”, explicam Moscardini e Correia.
Segundo eles, os investidores estão à frente de duas situações opostas.
Primeira: ou o negócio é concretizado e as ações da Hypera continuam apresentando uma ‘outperformance’ (desempenho acima da média).
Segunda: ou o negócio é reprovado, o que prejudicaria significativamente o desempenho das ações da Hypera devido ao impacto da otimização de capital de giro em 2025.
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“Neste ponto, nossas estimativas são conservadoras. Em termos de valuation, a Hypera não é barata e está negociando próximo do P/L médio dos últimos 2 anos, mesmo com o risco da potencial fusão não se concretizar”. opinam.
Além disso, o potencial fluxo de caixa da nova companhia de 7,2% não parece atraente em 2026, pois está em linha com Fleury (FLRY3) e Rede D’Or (RDOR3), e significativamente abaixo da Hapvida (HAPV3).
Vale ressaltar, ainda, que a Hypera anunciou na semana passada um grande programa de recompra de 30 milhões de ações (7,5% do free float).