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Vale a pena comprar as ações da Ímpar, fusão da Dasa e Amil?

A rede de saúde Ímpar reunirá 11 hospitais da Rede Américas, controlada pela Amil, e 14 hospitais da Dasa, incluindo o Nove de Julho

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Dasa Saúde Ímpar

No relatório divulgado neste sábado, o analista Rafael Ragazi, da Nord Research, recomendou a compra das ações da Ímpar, a nova empresa resultante da fusão entre a Dasa (DASA3) e a Amil.

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“A criação da Ímpar representa uma oportunidade única para investidores, combinando o melhor de duas das maiores redes hospitalares do Brasil”, afirmou Ragazi.

A fusão foi anunciada na última sexta-feira, 14, e marca a criação da segunda maior rede de hospitais do país, atrás apenas da Rede D’Or (RDOR3).

A Ímpar reunirá 11 hospitais da Rede Américas, controlada pela Amil, e 14 hospitais da Dasa, incluindo importantes instituições como o Hospital Samaritano e o Hospital Nove de Julho. Com isso, a nova empresa terá um total de 25 hospitais e 4,4 mil leitos, concentrados principalmente no Sudeste e no Distrito Federal.

Em termos financeiros, a Ímpar apresenta uma receita líquida combinada de R$ 9,9 bilhões e um Ebitda de R$ 777 milhões em 2023. A fusão é vista como um movimento estratégico para alavancar sinergias operacionais e financeiras.

“A expectativa é que essa união traga eficiências operacionais significativas, resultando em melhor atendimento e maior rentabilidade”, destacou Ragazi.

Dasa Saúde Ímpar
(Imagem: Divulgação/ Dasa)

Controle conjunto

A nova empresa será controlada igualmente por acionistas da Dasa e da Amil, com ambas exercendo co-controle e nenhuma consolidando os resultados da joint venture em seus balanços. O processo de integração das operações será desenvolvido após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outros órgãos reguladores. Até lá, as duas companhias continuarão operando de forma independente.

Este movimento ocorre em um cenário de intensas movimentações no setor de saúde. A Dasa recebeu recentemente um aporte de R$ 1,5 bilhão de seu controlador, a família Bueno, que também negocia a venda de uma participação minoritária em seu negócio de medicina diagnóstica para um grupo estrangeiro. Além disso, a Oncoclínicas (ONCO3) anunciou um aumento de capital de R$ 1,5 bilhão para expansão e redução de alavancagem.

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Recomendação de compra

Rafael Ragazi vê a Ímpar como uma oportunidade promissora para investidores devido ao seu potencial de crescimento e às sinergias esperadas.

“A união de duas das maiores redes hospitalares do país posiciona a Ímpar para capturar sinergias significativas e consolidar sua presença no mercado”, explicou o analista.

A recomendação de Ragazi baseia-se em uma análise detalhada das perspectivas financeiras e operacionais da Ímpar. Ele ressalta que a estrutura robusta da nova empresa, combinada com a experiência e os recursos das companhias fundadoras, cria uma plataforma sólida para o crescimento sustentável. A manutenção de operações independentes até a aprovação regulatória permite que ambas as empresas continuem operando eficientemente durante o processo de transição.

“Acreditamos que a Ímpar será uma das principais beneficiárias dessa consolidação, oferecendo um potencial significativo de valorização para os investidores”, concluiu Ragazi.

O mercado de saúde no Brasil está em uma fase de consolidação, com diversas oportunidades de expansão orgânica e aquisições. A criação da Ímpar é um passo estratégico para a Dasa e a Amil, que estarão melhor posicionadas para capturar essas oportunidades.

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