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Vale a pena comprar as ações do IRB (IRBR3) antes do balanço?

Os papeis da resseguradora permanecem como uma das principais apostas do BTG para 2025

por Gustavo Kahil
IRB IRBR3

Os resultados de novembro do IRB (IRBR3) lançaram uma visão mais positiva sobre a trajetória de recuperação da empresa e para o balanço do quarto trimestre e de 2024, esperado para 25 de fevereiro.

Os números da Susep (Superintendência de Seguros Privados) destacaram um lucro líquido de R$ 65 milhões no mês, um aumento expressivo de 171% em relação ao período homólogo e acima dos R$ 24 milhões registrados em outubro.

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Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, do BTG Pactual, projetam que os números de dezembro serão mais baixos, mas ainda assim, estimam que o lucro líquido do quarto trimestre será de R$ 134 milhões, superando em 30% suas projeções e as expectativas do mercado.

O desempenho foi impulsionado por prêmios retidos mais elevados e, principalmente, pela redução das despesas com sinistros. Em relação ao ano anterior, o lucro foi favorecido por uma menor taxa de comissão e rendimentos financeiros mais fortes. O índice de sinistralidade total caiu 20 pontos percentuais no comparativo mensal, atingindo 56%, enquanto a taxa de comissão caiu para 17%.

A equipe do BTG elogiou a gestão do CEO Marcos Falcão, que transmitiu uma mensagem otimista em reunião recente. Com alta acumulada de mais de 20% no ano e quase 40% desde dezembro, o IRB permanece como uma das principais apostas do banco para 2025, beneficiado por resultados financeiros mais sólidos e uma Selic elevada. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 56,50.

Risco de alta

Já o Safra, que tem uma visão mais pessimista sobre a companhia e uma recomendação ainda “underperform” e preço-alvo de R$ 45, reconheceu uma melhora no lucro líquido, impulsionada por melhores resultados de subscrição.

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Os analistas Daniel Vaz e Maria Luisa Guedes ressaltam que o índice combinado ficou em 86,8%, abaixo da meta de longo prazo de 95%, o que indica progresso operacional. Contudo, os prêmios emitidos caíram 14,3% no comparativo anual, com retração também nos prêmios internacionais.

O Safra projeta que, se o índice combinado ficar abaixo da marca de 100%, há um risco de alta para os números, considerando que está conservador nas estimativas para 2025, com R$ 460 milhões.

Arbitragem com o Previ

O IRB firmou um termo de arbitragem com o fundo de previdência Previ e os ex-executivos José Carlos Cardoso e Fernando Passos, formalizando o início de um procedimento para discutir a desvalorização das ações da companhia e possíveis responsabilidades dos envolvidos.

A arbitragem busca esclarecer os impactos da significativa queda nas ações do IRB desde fevereiro de 2020, atribuída, segundo alegações, à divulgação de informações possivelmente falsas nas demonstrações financeiras e na base acionária. Essa situação gerou repercussões jurídicas e arbitrais, incluindo disputas sobre responsabilidades e potenciais reparações financeiras.

O IRB reafirmou seu compromisso com o cumprimento das normas regulatórias e informou que continuará mantendo o mercado atualizado sobre os desdobramentos do caso, reforçando a transparência no processo.

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