A Vale Base Metals (VBM), unidade de metais básicos da Vale (VALE3), está priorizando uma avaliação sobre possível combinação de suas operações de níquel na bacia canadense de Sudbury com as da Glencore este ano, uma medida que poderá reduzir custos para ambas as empresas, disse o presidente do conselho.
O níquel é um componente-chave para a fabricação de baterias de veículos elétricos, e as mineradoras têm tentado cortar custos para produzi-lo num momento de queda dos preços.
As negociações para uma parceria em Sudbury ocorrem desde 2006, quando economias anuais foram estimadas em mais de 500 milhões de dólares, com uma série de opções a serem apresentadas para as operações de mineração e processamento na área.
“Temos algumas ideias interessantes sobre o que é possível, (incluindo) rejeitos e algumas das áreas antigas que poderiam ser refeitas, e estamos trabalhando nisso”, disse o presidente do conselho da VBM, Mark Cutifani, à Reuters em entrevista nos bastidores do encontro de mineração Future Minerals Forum (FMF) em Riad.
“Durante este ano deveríamos decidir se há algo que possamos fazer juntos ou não. Certamente, essa é uma das minhas prioridades”, acrescentou.
A Glencore não quis comentar.
A VBM e a Glencore têm atuação próxima na bacia de Sudbury.
A VBM possui cinco minas, enquanto a Glencore possui a mina Nickel Rim South, que está encerrando suas operações após 15 anos, e o projeto Onaping Depth. Os ativos também produzem cobre e metais preciosos.
“Faz sentido fazer algo onde partilhamos infraestruturas”, disse Cutifani.
Cutifani não sabia dizer quais economias seriam feitas agora.
Como parte de seu plano de gastar entre 25 bilhões e 30 bilhões de dólares em novos projetos no Brasil, Canadá e Indonésia durante a próxima década, a VBM pretende quase dobrar a produção de níquel para 300 mil toneladas métricas por ano.