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Vale está ‘virando a esquina operacionalmente’, diz BofA

A análise sugere que, com base nos dados divulgados, o Ebitda para o trimestre pode atingir US$ 3,6 bilhões

por Gustavo Kahil
Vale

A Vale (VALE3) está “virando a esquina operacionalmente”, avalia o Bank of America em uma análise sobre os dados operacionais da mineradora no terceiro trimestre de 2024, assinada pelos analistas Caio Ribeiro e Guilherme Rosito.

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A produção de minério de ferro alcançou 91 milhões de toneladas (Mt), um aumento de 12,9% em relação ao trimestre anterior e 5,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado superou em 4% as estimativas da Visible Alpha e em 5% as projeções da Bloomberg, sendo o maior volume desde o quarto trimestre de 2018.

Os embarques de minério de ferro foram de 81,8 Mt, uma queda de 5,9% em relação ao ano anterior, alinhando-se com as previsões do banco. No setor de níquel, a produção foi de 40,7 mil toneladas (kt), representando um crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior e mantendo-se em linha com as expectativas da instituição.

Já a produção de cobre alcançou 75,2 kt, um aumento de 1,9%, mas ainda 4% abaixo do estimado pelo Bank of America.

Vale: Ebitda de US$ 3,6 bi

A realização de preços para o minério de ferro ficou em US$ 90,6 por tonelada, conforme as projeções do banco. No caso das pelotas, o preço ficou 1,4% acima do previsto, enquanto o níquel superou as expectativas em 4,8%. O cobre, por sua vez, ficou 2% abaixo do esperado. A análise sugere que, com base nos dados divulgados, o Ebitda da Vale para o trimestre pode atingir US$ 3,6 bilhões.

A produção de minério de ferro foi impulsionada pelo aumento das operações nos sistemas Sudeste e Norte, compensando a performance mais fraca do sistema Sul. A produção de pelotas aumentou 16,5% em comparação com o trimestre anterior e 12,9% em relação ao ano passado, alcançando o maior nível trimestral desde 2018.

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As vendas totais de minério de ferro, incluindo pelotas, foram de 81,8 Mt, enquanto as vendas de pelotas isoladas atingiram 10,1 Mt, superando as projeções do Bank of America em 4%. O prêmio total ficou em US$ 1,7 por tonelada, contra um valor negativo de US$ 0,1 por tonelada no segundo trimestre.

Apesar dos bons resultados, a análise do Bank of America mantém uma avaliação neutra para as ações da Vale, citando cautela em relação ao mercado de minério de ferro. Os analistas destacam que, mesmo com a valorização atual, as ações estão em um nível justo, com um múltiplo de aproximadamente 4,2 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda esperado para 2025 (EV/EBITDA) e um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 2%, assumindo o minério de ferro a US$ 90 por tonelada.

Caio Ribeiro e Guilherme Rosito explicam que o desempenho da Vale demonstra resiliência operacional e capacidade de expandir a produção em momentos estratégicos, mas que as incertezas quanto à demanda global e à sustentabilidade dos preços atuais justificam uma postura cautelosa.

A expectativa para o restante de 2024 é de estabilidade nas metas de produção, que continuam entre 323-330 Mt para minério de ferro, 38-42 Mt para pelotas, 320-355 kt para cobre e 153-168 kt para níquel, conforme anunciado anteriormente pela companhia.

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