As ações da Vale (VALE3) não devem mais ser escolhidas como uma alternativa de pagamento em dividendos, avalia a EQI Research em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (11).
“Cremos que é a hora apropriada para remover totalmente Vale”, escreveu o analista Felipe Reis. Os papeis possuíam 5% na carteira.
Segundo ele, há duas razões para a remoção. A primeira é o recente pagamento de dividendos no montante de R$ 2,09 por ação (3,5% de retorno, na data ex), com próximo pagamento previsto apenas para o primeiro semestre de 2025.
O segundo, e mais relevante, é a contínua preocupação com o estado de saúde da economia chinesa e com a demanda por minério de ferro.
“Vários indicadores de nível de atividade industrial e, mais especificamente, siderúrgica, têm mostrado enfraquecimento adicional, mês a mês. Os preços da commodity vêm caindo e isso se refletirá nos resultados da empresa nos próximos trimestres e em sua capacidade de distribuir dividendos. A combinação de fraca demanda e maior oferta sazonal não nos permite, neste momento, ser otimistas com o minério de ferro e, por consequência, com a Vale”, opina.
O que comprar?
Para o lugar da Vale, a EQI escolheu as ações do Itaú (ITUB4).
“Cremos que os resultados ao longo do segundo semestre continuarão robustos e que o banco continuará a gerar mais capital do que o necessário para seu apetite a risco. Esperamos que o Itaú pague dividendos extraordinários ao fim deste ano ou início de 2025. De fato, o setor bancário tem peso reforçado em nossa carteira, com 40% somados os pesos de Itaú, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4)”, ressalta Reis.