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Vale prevê menor exposição à China com avanço em projetos de baixo carbono

A Vale iniciou recentemente testes com carga da primeira fábrica de briquetes de minério de ferro na unidade de Tubarão

por Reuters
3 min leitura
Carbono CO2

A administração da Vale (VALE3) reiterou nesta sexta-feira uma visão otimista sobre a demanda do seu principal mercado para o minério de ferro, a China, enquanto ponderou que a estratégia de descarbonização da mineradora traz importante potencial para ampliar a sua base geográfica de clientes e ainda reduzir custos.

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O vice-presidente-executivo de Soluções de Minério de Ferro, Marcello Spinelli, afirmou que a empresa uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo tem “uma visão bem otimista” sobre a China, maior consumidora global da commodity.

Tem a ver com a resiliência da China. Está claro agora que o governo está apontando e dando todas as indicações de que manterão a meta de PIB e PIB per capta estabelecida”, disse Spinelli, durante teleconferência com analistas e investidores, sobre os resultados do terceiro trimestre.

Por outro lado, o executivo destacou que as iniciativas da empresa para o desenvolvimento de projetos para a fabricação de produtos de minério de ferro de baixo carbono tem trazido oportunidades em outras localidades mais próximas, inclusive no Brasil.

A Vale iniciou recentemente testes com carga da primeira fábrica de briquetes de minério de ferro na unidade de Tubarão, em Vitória (ES), e se prepara para começar a atender uma fila estimada de 18 meses de clientes interessados em testar grandes volumes do inédito produto desenvolvido pela empresa, capaz de reduzir em até 10% as emissões de CO2 na siderurgia.

EUA e Oriente Médio também são alvos dessas iniciativas, que incluem perspectivas de construção de grandes complexos industriais, os chamados “mega hubs” para a fabricação de produtos de minério de ferro de baixo carbono para a indústria siderúrgica.

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A Vale afirmou que avalia transportar os aglomerados de minério de ferro por navegação de cabotagem até o porto. Questionada sobre os volumes, a mineradora afirmou que isso vai depender de como o projeto vai evoluir.
(Imagem: REUTERS/Washington Alves/)

Três acordos anunciados visam a instalação desses complexos em países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã) para produzir “hot-briquetted iron” (HBI), visando suprir os mercados locais e transoceânico, com redução significativa das emissões de CO2.

“A consequência disso, claro, é a redução da nossa exposição à China também, e é uma forma de retomar condição melhor no Atlântico, e com isso teremos os benefícios advindos dessas ações”, disse ele, citando menores custos e mais altos prêmios para seus produtos, mantendo competitividade.

Dentre inúmeras iniciativas, a Vale assinou com o Porto do Açu um acordo para estudar a construção de um complexo industrial no Estado do Rio. A mineradora também assinou com a Petrobras um protocolo de intenções para avaliar iniciativas conjuntas em soluções de baixo carbono.

“Manteremos as vantagens que temos e que temos desenvolvido na China de forma mais próxima, mais estável, indo também para territórios mais próximos.”

Spinelli reiterou ainda a qualidade do minério de ferro da Vale ante seus principais concorrentes e frisou que a companhia manterá sua estratégia de priorizar qualidade em detrimento de volumes.

A Vale publicou na véspera um declínio no lucro líquido no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, mas o indicador ainda ficou acima das previsões do mercado. As ações da mineração subiam cerca de 3% no início da tarde desta sexta-feira.

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