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Vale: veja o que o mercado pensa do resultado operacional

Os números foram vistos como "decentes" pelos analistas da XP; Goldman Sachs marca os preços a mercado e corta o preço-alvo

por Gustavo Kahil
3 min leitura
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, ressaltou ainda que, com essa parceria, "a Vale dá seus primeiros passos no mercado de hidrogênio verde".
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O Goldman Sachs marcou a mercado os preços do minério na projeção do Ebitda da Vale no segundo trimestre de US$ 4,1 bilhões para US$ 3,9 bilhões, uma queda de 5% (Imagem: Reprodução/Site oficial Vale)

A Vale (VALE3) afirmou que a sua produção de minério de ferro subiu 2,4% entre abril e junho ante o mesmo período de 2023, com desempenho que reforçou a confiança da mineradora em atingir o limite superior de sua meta para 2024, de 320 milhões de toneladas.

Durante os três meses, a Vale produziu de 80,598 milhões de toneladas de minério de ferro. As vendas da commodity, por sua vez, subiram 7,3%, para 79,792 milhões de toneladas, conforme relatório trimestral publicado nesta terça-feira.

Segundo a XP Investimentos, o desempenho foi “decente”, com melhores embarques de minério de ferro, implicando um ligeiro aumento em relação às estimativas. 

“Além disso, a Vale reafirmou seu guidance de produção para 2024 (a produção anualizada de minério de ferro no segundo semestre de 2024 é aproximadamente (95%) da parte superior do guidance da Vale)”, explicam os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano.

Reação neutra

Os analistas do Goldman Sachs, Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques, ressaltam que a produção foi 3% acima das estimativas do banco.

“As vendas foram uma surpresa positiva e aumentaram 7% ano a ano. O maior teor de sílica e os consequentes prêmios mais baixos impactaram os preços realizados. A produção de níquel foi o principal fator negativo nos metais básicos, enquanto o cobre ficou amplamente em linha. Esperamos uma reação neutra do mercado”, ressaltam.

A produção de níquel da Vale foi 20% abaixo do esperado pelo Goldman Sachs, devido a um tempo de inatividade de manutenção maior do que o esperado em Sudbury.

Apesar da menor produção, as vendas ficaram amplamente em linha com a GSe em 34 mil toneladas. Para cobre, tanto a produção quanto as vendas estavam em linha com as expectativas, e a administração declarou que o reinício de Salobo III é esperado para agosto, após um incêndio na mina durante o segundo trimestre.

A licença de operação para Sossego foi recentemente restabelecida. Os preços realizados estavam em linha com as expectativas para cobre e níquel.

“Buscaremos mais detalhes sobre as operações de níquel, bem como o impacto do incêndio em Salobo III para o terceiro trimestre de 2024”, explicam os analistas.

Corte no preço-alvo

O Goldman Sachs marcou a mercado os preços do minério na projeção do Ebitda no segundo trimestre de US$ 4,1 bilhões para US$ 3,9 bilhões, uma queda de 5%.

A recomendação de compra foi mantida, mas o preço-alvo foi cortado de US$ 16 para US$ 15,9.

Segundo o banco, a Vale está sendo negociada a 3,9 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (EV/EBITDA) de 2025 e 9% de rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 2025, com um desconto múltiplo de 35% em relação aos pares em 2025 e um preço implícito de minério de ferro de US$ 104 a tonelada.

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