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O valor econômico das crianças e o papel dos pais e pediatras

por Roberto Sato
3 min leitura

Convido você a refletir sobre o quanto o mundo é impactado pelo consumo gerado pelas crianças e adolescentes. Pense o quanto eles influenciam nas compras que a família realiza.

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Agora observe que os pais sem limites, sem educação financeira, não contribuem na formação e muito menos, na independência de seus filhos.

Como afirma Cássia D’Aquino, educadora de crianças, “colaborar para que os filhos cresçam tão conscientes quanto possível das escolhas que fazem, aptos a ponderar sobre elas, de modo a querer e arcar com as suas conseqüências, é uma das tarefas mais importantes e delicadas a serem desempenhadas pelos pais”.

Se a criança for progressivamente educada de tal modo que consuma de forma consciente, e perceba o valor de poupar, então, como pais e educadores, estaremos contribuindo com a formação de cidadãos que entendem a diferença entre querer e precisar.

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Essas pessoas terão condições de serem realmente independentes, e na vida adulta, terão uma relação saudável, equilibrada e responsável com o dinheiro.

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Os pediatras como apoiadores da educação financeira

E os Pediatras neste contexto, como ficam? Eles não ficam, pois já estão atuando, contribuindo e defendendo, cada vez mais, a prevenção.

O pediatra é o primeiro geriatra de um ser humano.  Como muitos dos bebes que estão atendendo hoje viverão 100 anos, uma orientação transformadora sobre nutrição, saúde e bem-estar faz parte do seu dia a dia, especialmente nos consultórios.

E ao falar em bem-estar, reforçamos a qualidade de vida, que é resultado de uma boa nutrição, prática do exercício físico regular e por que não também do equilíbrio financeiro, pautado no consumo consciente e na formação de poupança e investimentos que permitam desfrutar uma vida mais plena, em cada uma de suas fases.

Dicas para tratar deste assunto com as crianças

  1. Pratique o que prega: o melhor exemplo é a sua conduta no dia a dia. Seu filho sempre vai aprender vendo como agem os pais. No manejo do dinheiro não é diferente. Compartilhe pequenas conquistas.
  1. Quanto antes iniciar seu filho no uso correto do dinheiro, melhor: isso se assemelha ao aprendizado de uma nova língua. Quanto antes iniciar, mais cedo será internalizado na sua conduta diária e fará parte da sua personalidade.
  1. Sempre é hora de começar a iniciação, nunca é tarde: a educação financeira é como qualquer outro conhecimento; quanto mais se conhece, maior será a nossa competência para corretamente gastar, poupar e investir.

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  1. Leve seu filho para fazer compras no supermercado, no shopping, na padaria: permita que ele acompanhe o abastecimento do carro. No restaurante, antes de pagar a conta, peça a ajuda dele para conferir os preços.
  1. Sempre compre à vista e negocie: Peça descontos na frente do filho e nunca aceite a primeira proposta. Regateie, negocie.
  1. Evite comprar a prazo: explique os motivos e as vantagens de não cair na cilada dos juros.  Fale sobre os juros ruins da dívida.
  1. Sempre abra o cofrinho ou porquinho na sua presença: faça-o participar da contagem do valor poupado.
  1. Leve o seu filho nas instituições financeiras: permita que ele leve o “porquinho” (dinheiro poupado), até o caixa do banco. Explique ao seu filho todo o procedimento. Estas são experiências marcantes. É praticando que se aprende o valor das coisas.

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  1. Ensine a matemática do dinheiro: a partir dos 8 ou 10 anos a criança já compreenderá a dinâmica, o valor e os efeitos da correção monetária e dos juros da sua poupança. Estes são os juros bons! E quando for adolescente, sobre os juros compostos e seus efeitos positivos para os seus investimentos.
  1. Compartilhe conteúdos de finanças: mostre uma dica ou alguma matéria curta sobre o uso correto de investimentos que você julgue ser instrutiva. Vale também alguma curiosidade ou história.

Conclusão

Pediatras e pais, eu tenho uma proposta: sempre que possível, vamos plantar e regar uma semente da prosperidade? Vamos contribuir com a melhoria da qualidade de vida das nossas crianças?

Por que não aproveitamos o trabalho de promoção da saúde para também promover a construção da sustentabilidade econômica e financeira destes pequenos, de forma complementar? Sempre é hora de aprender e praticar! Façamos a nossa parte.

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