Apesar de um resultado visto como “misto”, a Mirae Asset reforçou a sua recomendação de compra para as ações da Vamos (VAMO3) e o preço-alvo de R$ 15, que sugere um potencial de valorização de 79%.
No último trimestre de 2023, a Vamos reportou uma receita líquida de R$ 1,452 bilhão, um incremento de 4,4% em relação ao ano anterior, mas uma retração de 1,9% em relação ao trimestre anterior. Esse resultado ficou 8,6% abaixo das previsões do mercado, segundo a Bloomberg.
O Ebitda alcançou R$ 661,0 milhões, com um crescimento de 16,6% em relação ao mesmo período do ano passado, apesar de uma leve queda de 3,2% em comparação ao trimestre anterior. O lucro líquido da empresa foi de R$ 195,4 milhões, evidenciando uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior, mas um aumento de 68,7% em relação ao trimestre anterior, superando as expectativas do mercado em 20,4%.
Consistência
A análise de Marco Barbosa enfatiza a solidez da área de locação da Vamos, contraposta às dificuldades enfrentadas pelas concessionárias, particularmente afetadas pela baixa demanda no setor agrícola.
“A área de locação se mantém robusta, reforçando a resiliência do modelo de negócios da empresa diante de cenários adversos”, aponta Barbosa. Esta observação ressalta a importância da diversificação das áreas de atuação da Vamos para a estabilidade geral da companhia.
Perspectivas
O relatório de Barbosa vai além dos números, discutindo as perspectivas futuras para a Vamos. Com um ROIC (Return on Invested Capital) impressionante de 18,4% — um spread de 9 pontos percentuais em relação ao custo da dívida — a empresa demonstra uma rentabilidade robusta.
“Mantemos a confiança na capacidade da Vamos de realizar melhorias operacionais e financeiras em 2024”, declara Barbosa, antecipando uma recuperação nas concessionárias e uma redução na alavancagem financeira da empresa.
A Mirae Asset mantém uma visão otimista para as ações da Vamos, estabelecendo um preço-alvo de R$ 15,00, o que representa um potencial de valorização de 79%. “Acreditamos no potencial de crescimento da Vamos, apoiado por suas vantagens competitivas substanciais no mercado”, afirma Barbosa, sustentando a recomendação de compra das ações da empresa.