Apesar da oscilação nos últimos três meses, o volume vendido pelo comércio varejista permanece “muito próximo” de seu pico histórico, avaliou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De janeiro a agosto de 2024, em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, houve redução no volume vendido em apenas duas ocasiões: janeiro (3,6%), fevereiro (0,7%), março (0,2%), abril (0,8%), maio (0,9%), junho (-0,9%), julho (0,6%) e agosto (-0,3%).
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“A gente tem que lembrar também que esse crescimento que houve até maio de 2024 foi um crescimento que levou o varejo ao patamar recorde da série de mais de 20 anos”, disse Santos. “Então está muito próximo ainda do patamar de maio. Esse rebatimento que a série teve nos últimos três meses está preservando o patamar (de vendas) bastante elevado. É uma performance muito próxima do máximo da série global”.
Após a queda de 0,3% no volume vendido em agosto ante julho, o varejo passou a operar 0,7% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2024. O volume vendido pelo varejo ampliado está 1,4% aquém do pico de agosto de 2012.
No entanto, o bom desempenho é sustentado basicamente por duas atividades: farmacêuticos e supermercados.
As vendas de produtos farmacêuticos estão 0,1% abaixo do nível recorde de junho de 2024, enquanto supermercados operam em patamar 0,5% aquém do ápice de maio de 2024.
“Essas atividades são as principais responsáveis pelo desempenho positivo do varejo”, frisou Santos.
As demais atividades mantêm distâncias de dois dígitos ante o pico de vendas: material de construção, 12,8% aquém do pico de setembro de 2020; veículos, 14,0% aquém do pico de agosto de 2012; combustíveis, 19,6% aquém do ápice de outubro de 2014; móveis e eletrodomésticos, 21,3% aquém do ápice de setembro de 2020; vestuário, 30,1% abaixo do pico de dezembro de 2013; outros artigos de uso pessoal e doméstico, 30,8% abaixo do ápice de julho de 2021; informática e comunicação, 38,5% aquém do pico de janeiro de 2015; e livros e papelaria, 76,4% abaixo do pico de janeiro de 2013.
(Com Estadão Conteúdo)