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Veja 4 títulos do Tesouro Direto para investir agora, segundo o Itaú BBA

Títulos pós-fixados "devem apresentar rentabilidades acima da inflação nos próximos meses", o que os torna uma escolha ideal, explica o banco

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Day Trade, Mercados, Tesouro Direto

O Itaú BBA, em sua recomendação de alocação no Tesouro Direto para novembro de 2024, destaca a importância de adotar estratégias que maximizem o retorno em um cenário de juros altos e inflação elevada. O analista Lucas Queiroz aponta que a recente seca, projeções de déficits fiscais e a valorização do dólar têm pressionado o Comitê de Política Monetária (Copom) a manter a taxa Selic em níveis elevados, diferente do que se esperava no início do ano.

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“A curva de juros prefixados embute um cenário no qual a Selic alcança 13,5% a.a. na segunda metade”, afirma Queiroz, indicando uma estabilização em torno de 13% a.a. nos próximos anos.

Diante deste cenário, Queiroz sugere que os investidores concentrem-se em dois tipos principais de títulos: pós-fixados e os atrelados ao IPCA (inflação), para aproveitar a rentabilidade no curto e médio prazo.

Ele ressalta que os títulos pós-fixados “devem apresentar rentabilidades acima da inflação nos próximos meses”, o que os torna uma escolha ideal para aqueles que buscam estabilidade e liquidez.

Selic

O título Tesouro Selic 2027 é apontado como uma excelente opção, pois “cumpre as funções de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital acima da taxa de inflação”. Esse título apresenta uma taxa de SELIC +0,0524%, o que é vantajoso no cenário atual de alta da Selic.

Para investidores que desejam se beneficiar de taxas de juros elevadas, os títulos prefixados também são recomendados, especialmente os de prazos intermediários, como o Tesouro Prefixado 2027, que oferece uma taxa de 12,94% a.a. Queiroz explica que “a precificação de que a taxa Selic estabilizará em patamar acima de 12,5% a.a. gera atratividade aos títulos prefixados de prazo intermediário”.

Ele acredita que, mesmo que a Selic se mantenha elevada nos próximos meses, existe a possibilidade de queda em 2025, o que tornaria os prefixados ainda mais rentáveis, pois o investidor travaria um retorno elevado antes da queda dos juros.

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Inflação

Já para aqueles com um horizonte de investimento mais longo, os títulos atrelados ao IPCA se destacam, garantindo retornos reais robustos no médio e longo prazo.

Os títulos recomendados são o Tesouro IPCA+ 2029, com uma taxa de IPCA + 6,77%, e o Tesouro IPCA+ 2045, que oferece IPCA + 6,64%. Segundo Queiroz, “nos trechos mais longos, continuamos otimistas com o carrego de títulos atrelados ao IPCA”, pois o retorno desses títulos deve superar o nível de equilíbrio projetado, de 5,0% a.a. acima da inflação. Essa estratégia é ideal para investidores que buscam proteção contra a inflação e crescimento do patrimônio a longo prazo.

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Queiroz também alerta sobre a importância de diversificar entre títulos de diferentes prazos e indexadores. A recomendação é manter uma parte significativa em títulos pós-fixados para garantir liquidez e proteger o portfólio contra flutuações de curto prazo, enquanto os títulos prefixados e atrelados ao IPCA complementam a carteira com rentabilidades mais elevadas. “O cenário é desafiador, com inflação e juros estabilizando em patamares muito acima dos níveis de equilíbrio”, destaca o analista.

Com a combinação dessas estratégias, o Itaú BBA acredita que os investidores estarão bem posicionados para enfrentar um cenário de juros altos e inflação persistente, garantindo retorno e proteção no curto e longo prazo. A recomendação para o Tesouro Selic 2027 visa aproveitar a atual fase de alta da Selic; já o Tesouro Prefixado 2027 permite ganhos com a possível queda de juros; enquanto os títulos IPCA+ 2029 e IPCA+ 2045 asseguram proteção contra a inflação e crescimento de capital no longo prazo.

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