A entrevista de Donald Trump com Elon Musk, anunciada como a “maior entrevista da história”, começou com problemas técnicos que deixaram centenas de milhares de ouvintes em silêncio por 40 minutos. Musk atribuiu o atraso a um suposto ataque cibernético DDOS, uma justificativa que contestaram muitos céticos.
A consultoria GZERO, subsidiária da Eurasia Group, destacou que Trump e sua equipe rapidamente usaram esses problemas técnicos como “evidência de uma conspiração para silenciar sua voz”.
Após os problemas iniciais, a entrevista atraiu cerca de 2 milhões de ouvintes no X, onde Trump abordou temas familiares, criticando os “democratas da esquerda radical” e argumentando que, se fosse presidente, “a Rússia nunca teria invadido a Ucrânia”.
Ele também criticou Kamala Harris, destacando sua postura como “muito à esquerda para os Estados Unidos” e fez comentários sobre sua inteligência e aparência.
Musk, por outro lado, assumiu um papel mais interessante ao apoiar Trump enquanto se apresentava como um “ex-democrata sensato, forçado a apoiar Trump pelos excessos do Partido Democrata atual”.
A GZERO observou que essa postura de Musk pode ser o ponto mais importante da conversa, pois “dá cobertura e encorajamento a moderados curiosos sobre o MAGA (Make America Great Again) para apoiar Trump”.
Com a convenção do Partido Democrata se aproximando, a campanha de Harris ainda não respondeu diretamente com uma entrevista própria, mas seu porta-voz, Joseph Costello, criticou o evento no X, dizendo que a campanha de Trump é “em serviço de pessoas como Elon Musk e ele mesmo – ricos obcecados por si que venderão a classe média”.
Musk respondeu sugerindo que estaria disposto a hospedar Harris em uma entrevista também.
Veja a entrevista de Musk com Trump
A primeira pergunta do entrevistado foi sobre a tentativa de assassinato que Trump sofreu durante um comício na Pensilvânia, no mês passado. “Se eu não tivesse virado minha cabeça, não estaria falando com você agora”, disse o ex-presidente, em referência ao tiro que o atingiu na orelha direita.
Trump afirmou ainda que planeja retornar ao local do atentado, na cidade de Butler, para um comício em outubro. “Estamos todos preparados, e as pessoas são fantásticas em Butler”, disse o ex-presidente.