Os membros do Fomc (Federal Open Market Comittee) do Federal Reserve fizeram duas mudanças importantes em sua decisão de manter o juro em um intervalo entre 5,25% e 5,5% nesta quarta-feira (31).
Eles reconheceram o progresso recente no combate à inflação e disseram que o momento da redução dos juros está se aproximando, mas sem fazer nenhum compromisso explícito.
Após aumentar rapidamente as taxas desde o início de 2022, o Fed manteve as taxas inalteradas no ano passado, enquanto a inflação moderou irregularmente de volta a uma taxa anual de 2,5%.
Primeira mudança
O comunicado afirmou que “a inflação diminuiu no ano passado, mas continua um tanto elevada” e que houve “algum progresso adicional” em direção à meta de inflação de 2% do Fed.
Essas são mudanças em comparação com o comunicado de junho, que simplesmente disse que a inflação estava “elevada” e que houve um progresso “modesto”.
Ao mesmo tempo, o Fed repetiu que não espera que “seja apropriado reduzir (as taxas) até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção” à meta de 2% do Fed.
O banco central usa o índice PCE para sua meta de inflação anual de 2%. O índice PCE subiu 2,5% em junho, depois de ultrapassar 7% em 2022.
Segunda alteração
O trecho que menciona o mercado de trabalho também foi modificada e atua como um fator a mais na expectativa para o corte em 18 de setembro.
“Os ganhos de emprego foram moderados, e a taxa de desemprego aumentou, mas continua baixa”, disse o comunicado.
Anteriormente, o comunicado apenas descrevia os avanços do emprego como “fortes”, sem mencionar a crescente taxa de desemprego.
O Fed também disse que os “riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se mover para um melhor equilíbrio. A perspectiva econômica é incerta, e o (Fed) está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo”.
Ou seja, o Fed parece ter igualado o peso da crescente taxa de desemprego ao da alta inflação na decisão de afrouxar a política monetária.