As ações da Brava (BRAV3) operam em queda nesta sexta-feira (20) após pós a empresa atualizar a expectativa de retorno da produção do campo de Papa Terra para o início de dezembro de 2024.
Após uma parada programada desde 27 de julho, a produção foi reiniciada em 29 de agosto, estabilizando-se em 15 mil barris por dia.
A produção foi interrompida novamente em 4 de setembro a pedido da ANP para esclarecimentos sobre manutenção e segurança. A empresa decidiu avançar em inspeções e manutenções programadas para garantir a segurança operacional.
No entanto, a Genial Investimentos considera que vender as ações da empresa agora é um erro e reitera a recomendação de compra.
“Se por um lado as recentes notícias podem ser consideradas decepcionantes, é importante mencionar que a entrada operacional do FPSO do Campo de Atlanta ainda em 2024 (pelo menos 20-25k bpde vs produção de c. 56k bpde em agosto pela empresa como um todo), anúncio da apropriação de sinergias, retorno operacional de Papa-Terra em dezembro/24 e possível interesse em desinvestimentos anunciado pelo novo CEO podem trazer algum alento ao case”, opina o analista Vitor Sousa.
Gatilhos da Brava
Para ele, vender o ativo aos atuais níveis de preço e em meio ao atual fluxo de notícias pode também ser considerado um erro em meio a tantos gatilhos relevantes acontecendo ainda em 2024.
“Por último, vale mencionar que a empresa deve ainda anunciar uma reunião com investidores em dezembro/24 ou janeiro/25, quando maiores informações sobre a tese da empresa deve ser divulgada. Considerando os dados pró-forma, vemos a BRAV3 negociando 4x EV/EBITDA 12M (sem considerar a entrada operacional da FPSO Atlanta e o incremento de volume esperado e sinergias derivados da fusão das duas empresas) e EV/2P de US$4,0 vs US$5-10 nos pares comparáveis”, calcula.