O espírito de Ayrton Senna sempre estará sobre o circuito de Ímola, mas isso é particularmente verdade neste fim de semana, quando a Fórmula 1 homenageia o brasileiro 30 anos após a sua morte na pista italiana.
O holandês Max Verstappen, da Red Bull, exaltou o seu colega tricampeão mundial de seu jeito próprio, igualando o recorde de Senna de oito pole positions seguidas, das temporadas 1988 e 1989, fazendo isso em um dia ensolarado na pista perto da cidade de Bolonha.
“Faz 30 anos que ele morreu. Então, claro, estou muito feliz de conseguir a pole aqui. E de uma forma que seja uma boa lembrança dele”, afirmou o holandês de 26 anos, cujo pai, Jos, estreou na Fórmula 1 naquela temporada de 1994.
“Ele era um piloto incrível de Fórmula 1, especialmente nas voltas de classificação”, acrescentou.
Senna ainda permanece como o terceiro maior em número de poles na Fórmula 1, com 65. Ele foi ultrapassado apenas pelos heptacampeões Lewis Hamilton (104) e Michael Schumacher (68).
Verstappen chegou a 39 pole positions e está se aproximando rapidamente. Ele também igualou o recorde do arquirrival de Senna, o francês Alain Prost, que em 1993 obteve a pole position nas primeiras sete corridas da temporada.
Os três primeiros colocados no domingo também receberão uma lembrança no pódio, um vinho espumante jeroboam especial Ferrari Trento, que será aberto e depois leiloado em prol da Fundação Senna.
Há lembranças de Senna por todos os lados, como uma foto desbotada em uma arquibancada e flores deixadas por fãs em sua estátua, localizada perto da pista e atrás do muro onde ele bateu. O piloto tinha 34 anos.
Tetracampeão mundial de Fórmula 1, Sebastian Vettel está dando voltas na McLaren 1993 de Senna e tem envolvido equipes e pilotos em outras atividades em memória do brasileiro e do austríaco Roland Ratzenberger, que morreu naquele mesmo fim de semana.
Os pilotos de Fórmula 1 correram pela pista na quinta-feira e se juntaram em um momento de silêncio na curva Tamburello, colocando cadeados escritos #Forever Senna (Para sempre Senna) e outras homenagens na cerca.
Eles também receberam um pedido para vestir as balaclavas de Senna durante todo o fim de semana.
“O mais próximo que cheguei do Ayrton foi assistir a um treino de sexta-feira das arquibancadas em Hockenheim, durante o Grande Prêmio da Alemanha. Infelizmente, nunca tive a chance de encontrá-lo frente a frente”, afirmou Vettel.
“O que eu valorizava nele, muito depois, era o fato de ele não apenas ser um dos melhores pilotos da história, mas também ter mostrado compaixão e apoio para os difíceis problemas sociais e a pobreza que afetava o seu país”, acrescentou.