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Veste tem lucro estável no 3° tri

A Dudalina também apresentou estabilidade, com foco em reformulação de lojas e campanhas específicas, como a realizada no Dia dos Pais

por André Torres
3 min leitura
Veste

A Veste S.A (VSTE3)., dona de marcas como Le Lis, John John e BO.BÔ, reportou uma leve retração no faturamento bruto e no lucro no terceiro trimestre de 2024, reflexo de ajustes e desafios no canal de distribuição B2B e na reestruturação de algumas marcas.

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No trimestre, o faturamento bruto da companhia foi de R$ 329,2 milhões, uma queda de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa baixa foi impulsionada principalmente pela queda nas vendas da John John e pela diminuição do volume de negócios no canal B2B, que teve uma retração de 16,5%.

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Apesar desses desafios, a Veste S.A. continua a investir em iniciativas de crescimento, focando na expansão de canais digitais e no fortalecimento das operações das marcas que apresentaram desempenho sólido.

A marca Le Lis, por exemplo, teve um aumento de 5,6% no faturamento e um crescimento de 6,8% no indicador same-store sales (SSS), que mede o desempenho de lojas com mais de um ano de operação.

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A Dudalina também apresentou estabilidade, com foco em reformulação de lojas e campanhas específicas, como a realizada no Dia dos Pais.

No aspecto operacional, a margem bruta ajustada da companhia foi de 62,7%, uma leve queda de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023.

O ebitda ajustado, por sua vez, caiu 12,1%, fechando o trimestre em R$ 44 milhões, com uma margem ebitda de 16,4%, reflexo de um desempenho abaixo do esperado em alguns segmentos e das despesas operacionais.

Em resposta, a empresa intensificou o controle de despesas, reduzindo-as em 0,2% em comparação ao terceiro trimestre de 2023.

Vendas

No segmento de e-commerce, a Veste S.A. demonstrou força com crescimento de 6,8% nas vendas digitais, evidenciando a importância das plataformas online para o futuro da companhia.

Recentemente, a empresa lançou aplicativos dedicados para Dudalina e Individual, além de fortalecer o app da John John, que agora representa 21,4% das vendas digitais da marca. Esses investimentos em tecnologia e omnichannel permitiram um crescimento de 40,3% nas vendas digitais totais, destacando o impacto positivo da transformação digital na operação.

A reestruturação das marcas John John e BO.BÔ também faz parte da estratégia da companhia para fortalecer sua competitividade.

A John John, em particular, registrou uma queda acentuada de 29% nas vendas, em meio a um processo de reposicionamento de mercado.

Como resposta, a empresa inaugurou uma nova loja da marca no shopping Flamboyant, em Goiânia, com conceito reformulado, que obteve uma recepção positiva dos clientes, com crescimento de 37% nas vendas comparado ao mesmo período da loja anterior.

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(Imagem: Linkedin/Veste S/A)

Outro destaque foi o desempenho dos outlets, que tiveram um crescimento de 27,5% no faturamento, resultado de ações voltadas para a liquidação de estoques antigos.

A eficiência no gerenciamento de estoques também é evidenciada pela redução de 10,5% nos estoques totais em comparação ao terceiro trimestre de 2023.

Dívida

Em termos de endividamento, a dívida líquida da Veste S.A. encerrou o trimestre em R$ 114,2 milhões, em um patamar considerado saudável. A companhia manteve seu compromisso com a sustentabilidade financeira, com foco na otimização de custos e na busca por rentabilidade em todas as suas operações.

Para 2024, a empresa planeja continuar investindo em novos conceitos de lojas e em tecnologia para consolidar seu crescimento sustentável no médio e longo prazo.

No contexto geral, a Veste S.A. enfrenta desafios, especialmente com a necessidade de ajustes e reposicionamento em algumas de suas principais marcas.

Contudo, a aposta em digitalização e na reestruturação de operações parece promissora, com expectativas de que os efeitos positivos sejam mais visíveis nos próximos trimestres.

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