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Via espera capturar maior parte de benefícios de reestruturação a partir de dezembro

A Via anunciou na véspera um novo plano de negócios para 2025 com foco em rentabilidade, que inclui meta de redução de até 1 bilhão de reais

por Reuters
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Via

A Via (VIIA3) espera a partir de dezembro capturar quase a totalidade dos benefícios de seu novo plano de negócios, disse Renato Horta Franklin, presidente da Via, nesta sexta-feira, em conferência com analistas.

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A Via anunciou na véspera um novo plano de negócios para 2025 com foco em rentabilidade, que inclui meta de redução de até 1 bilhão de reais em estoques neste ano e uma alteração na forma de financiamento do crediário. A reestruturação ainda envolve 6 mil demissões já realizadas e fechamento de 50 a 100 lojas, entre outras medidas.

“A gente espera a partir de dezembro já estar capturando quase que a totalidade dos benefícios do que tem ali (no plano)”, disse Franklin nesta sexta-feira, em conferência com analistas. A ideia é que a redução nos estoques termine de ser feita na Black Friday, no final de novembro, de acordo com ele.

Franklin, que chegou à companhia durante o segundo trimestre, afirmou que a previsão não inclui a migração do financiamento do crediário para Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Atualmente, a Via financia a modalidade através operações para antecipação de recursos junto a bancos.

“Vai demorar quase um ano para a fazermos essa migração toda de CDCI (Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência) para o ‘funding’ de FIDC, do momento que a gente começar a captar”, afirmou ele.

Em fato relevante, a companhia disse que já engajou o banco BTG Pactual e a Polígono Capital para a estruturação de um primeiro FIDC, bem como um estudo de potencial emissão e oferta de cotas desse FIDC, no valor de até 1,5 bilhão de reais.

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A Via anunciou o novo plano de negócios junto como mais um prejuízo trimestral, dessa vez de 492 milhões de reais no período de abril ao fim de junho, após lucro de 6 milhões de reais um ano antes, no que foi o último resultado contábil trimestral positivo da companhia desde então.

Com o novo plano em foco, as ações da empresa subiam 1,1% na bolsa, para 1,85 real cada, entre as maiores altas do Ibovespa, que caía 0,8% às 15h30. O papel da varejista chegou a saltar até 8,7% mais cedo.

Franklin disse que benefícios na totalidade, ou seja, somando todo o plano, serão vistos apenas no final de 2024.

“Por isso que colocamos o plano até 2025, para podermos fazer um 2024 em rampa, entregando e consertando a companhia, e chegando lá com a companhia arrumada, e aí em 2025 iniciar um novo ciclo.”

O executivo acrescentou que medidas adicionais, de execução mais complexa, ainda serão anunciadas conforme amadurecerem. Ele não deu mais detalhes.

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