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Vibra (VBBR3) ou Ultrapar (UGPA3): qual irá resistir à Selic mais alta?

Os preços-alvo foram reduzidos para R$ 26 e R$ 19, respectivamente, refletindo a pressão dos juros sobre os modelos de avaliação

por André Torres
3 min leitura
Vibra

A XP Investimentos (XPXPBR31) divulgou uma análise detalhada sobre o impacto das taxas de juros mais altas nas ações das distribuidoras de combustíveis Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3).

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Os preços-alvo foram reduzidos para R$ 26 e R$ 19, respectivamente, refletindo a pressão dos juros sobre os modelos de avaliação.

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Apesar disso, a recomendação de compra para a Vibra foi mantida, enquanto a Ultrapar segue com classificação neutra. A Vibra permanece como a preferida devido aos seus rendimentos mais atraentes e conversão de lucros superior.

Segundo os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm, o preço-alvo para a Vibra implica um potencial de valorização de cerca de 52% frente ao fechamento atual, enquanto a Ultrapar tem um upside de 19%.

Os yields de fluxo de caixa livre (FCFE) projetados para 2025 são de 14% para a Vibra e 12% para a Ultrapar, ambos considerados atrativos, mesmo com as pressões de juros.

A XP destaca que as distribuidoras podem enfrentar desafios no curto prazo, mas os ganhos de margem no primeiro trimestre de 2025 e os rendimentos elevados sustentam o otimismo para o setor.

As taxas de juros mais altas pressionaram os modelos de avaliação. “Reduzimos nosso preço-alvo devido às taxas de desconto mais altas, refletindo o aumento nas taxas livres de risco e a mudança na metodologia de fluxo de caixa descontado”, explicam os analistas.

A Vibra é favorecida pela maior conversão de lucros em fluxo de caixa livre, justificando um prêmio em relação à Ultrapar. “Chegamos a um PE justo de 12,8x para a Vibra, contra 11,7x para a Ultrapar”, afirmam Cardoso e Kelm.

O primeiro trimestre de 2025 deve trazer um aumento nas margens devido a “escassez de produtos e ganhos de estoque”, criando oportunidades para ambas as empresas.

Entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, as ações da Vibra e Ultrapar caíram 33%, acompanhando o aumento das taxas de juros e a percepção de maior risco no setor.

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A análise cita como riscos os potenciais aumentos de juros, disputas judiciais envolvendo créditos tributários e a transição energética, que pode impactar a demanda por combustíveis líquidos no longo prazo.

Apesar dos preços-alvo reduzidos, os yields FCFE projetados são considerados sólidos, sustentando o otimismo. “A Vibra e a Ultrapar devem negociar com rendimentos FCFE semelhantes, próximos de 10% nos preços-alvo”, segundo a XP.

A Vibra, com seu foco em eficiência e crescimento, continua a ser a escolha preferencial da XP, enquanto a Ultrapar é vista como uma opção de menor risco, mas com menor potencial de valorização.

Embora o ambiente de juros elevados imponha desafios, a XP mantém sua visão positiva para o setor, destacando a resiliência das distribuidoras e seu potencial de entrega de valor aos investidores.

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