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Vila Viva Sorte: entenda imbróglio entre Santos e WTorre no contrato de naming right

O acordo foi visto como uma vitória santista para possibilitar o aporte financeiro necessário para a construção do novo estádio

por Estadão Conteúdo
3 min leitura
Torcida no estádio do Santos

A Viva Sorte, empresa de capitalização, adquiriu o naming right da Vila Belmiro, estádio do Santos.

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O contrato já está assinado inclusive com o estádio sendo oficialmente chamado de Vila Viva Sorte nas transmissões oficiais do clube, mas sofreu alterações até esta formalização, diante da chegada de uma terceira parte envolvida na ‘negociação’: a construtora WTorre, com quem o clube tem um memorando assinado para a construção de seu novo estádio, e gerou um imbróglio nas últimas semanas.

Conforme noticiado pelo Estadão, Santos e Viva Sorte discutem os termos do acordo desde o último mês. Ao longo dessas discussões, um dos planos debatidos era de que fosse assinado um contrato de dez anos entre as partes próximo a R$ 15 milhões.

Entretanto, quando anunciado, ele passou a ser válido somente até o início das obras da construção do novo estádio não há um prazo definido para isso.

A WTorre e o memorando de intenções, assinado pela gestão do presidente Andrés Rueda, colocaram um obstáculo nesses planos do presidente Marcelo Teixeira.

Este memorando liberou o início dos processos para a regularização do projeto e captação de verbas para as obras do novo estádio, previsto para receber mais de 35 mil torcedores – muito superior ao limite atual, que é de 16 mil

Segundo apurou o Estadão, a WTorre não intermediou o acordo entre Santos e Viva Sorte – e não sentou na “mesa de negociações” entre as partes.

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Além disso, o clube não procurou a construtora até que houvesse um entendimento com a empresa de capitalização. Quando o fez, descobriu um impedimento para firmar um vínculo de longo prazo para o naming right, já considerando a nova arena.

A parceria entre Santos e Viva Sorte classificada como “primeira fase” – foi anunciada pelo clube no dia 15 de agosto, por meio de seus canais de comunicação.

Havia uma entrevista coletiva marcada com Marcelo Teixeira e Renato Ambrósio, CEO do Viva Sorte, mas foi cancelada justamente pelas alterações nos termos da nova parceria.

“O Viva Sorte é o novo patrocinador do Santos. O acordo com a empresa de capitalização, nessa primeira fase, envolverá propriedades nos uniformes dos jogadores e da comissão técnica e o naming rights até início das obras de construção do novo estádio. A partir de hoje, o estádio passará a se chamar Vila Viva Sorte”, afirmou o clube, em nota. Por respaldo jurídico, o contrato precisou passar por uma análise minuciosa até ser, de fato, selado.

O acordo foi visto como uma vitória santista para possibilitar o aporte financeiro necessário para a construção do novo estádio, e foi discutido para ele continuar após a inauguração da nova casa santista.

Além disso, a marca será exibida na parte frontal e posterior do calção dos atletas e nos uniformes dos membros da comissão técnica.

No estágio atual, o contrato com o Viva Sorte se encerra assim que as obras da nova arena forem iniciadas. Não está descartada que, eventualmente, a empresa de capitalização continue como detentora dos direitos na “segunda fase”.

O acordo entre Santos e WTorre, responsável por erguer o Allianz Parque, do rival Palmeiras, segue o formato de direito de superfície.

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Assim, o clube cede o local à empresa por 30 anos, com prazo contando a partir da inauguração da nova arena. O clube continua sendo dono do terreno e do estádio e a empresa tem o direito de uso do local.

Como ainda não tem direito sobre a Vila Belmiro, não atuou para selar o novo acordo de naming right.

No caso do Palmeiras, foi a WTorre quem fechou contrato com a seguradora alemã para dar nome ao novo estádio por 20 anos.

A construtora recebe a maior parte do montante – atualmente avaliado em R$ 28 milhões ao ano – e repassa uma pequena parcela ao clube alviverde.

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