Os juros futuros têm avanço moderado em toda a curva na manhã desta quinta-feira, 3, na esteira do dólar à vista e dos rendimentos dos Treasuries em dia de cautela no exterior diante da escalada nas tensões no Oriente Médio.
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O mercado também repercute declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para quem o Brasil precisa de algum choque fiscal se quiser conviver com juros baixos. Isso em meio ao incômodo do mercado com a piora das contas públicas. Ele participa de dois eventos nesta quinta-feira e fica no foco dos mercados.
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Às 9h35, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia a 12,250%, de 12,233% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2027 subia para 12,325%, de 12,274%.
O vencimento para janeiro de 2029 avançava para 12,410%, de 12,359% no ajuste anterior.
Dólar em alta
O dólar (USDBRL) opera em alta, acompanhando a tendência no mundo hoje, em meio à escalada dos conflitos no Oriente Médio, entre Israel e Irã.
No acumulado do ano até agosto, o déficit foi de R$ 99,997 bilhões, já antecipados no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do Tesouro Nacional, publicado na segunda-feira, 30, atendendo ao prazo legal.
No radar fica ainda reunião do presidente Lula com ministros hoje para tratar da regulamentação das bets. O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma ação de controle para acompanhamento do impacto das bets no poder de compra das famílias. Conforme o BC, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em “bets” via Pix em agosto.
Lá fora, na véspera da divulgação do relatório oficial de emprego dos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram 6 mil na semana, a 225 mil, acima da previsão (221 mil). Na semana anterior, os pedidos de auxílio-desemprego foram revisados de 218 mil para 219 mil. Ainda são esperados os índices de gerentes de compras (PMIs) de serviços dos Estados Unidos e discurso do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.
Em relação a divisas principais, o dólar avança mais ante a libra lá fora nesta manhã, reagindo a perspectivas de possível corte mais agressivo de juros no Reino Unido. O PMI de serviços do Reino Unido ficou abaixo das expectativas. Na zona do euro, o PMI de serviços caiu a 51,4 em setembro, mas ficou acima da prévia. Já o iene se desvaloriza ante o dólar em meio a falas contrárias a novos aumentos de juros no Japão, favorecendo ações de empresas exportadoras.
Às 10h49, o dólar à vista subia 0,80%, a R$ 5,4853. O dólar para novembro ganhava 0,60%, a R$ 5 4965.
(Com Estadão Conteúdo)