A transição do modelo de concessão para autorização no setor de telecomunicações promete trazer ganhos significativos para a Vivo (VIVT3), segundo relatório do Safra. Estima-se que a mudança possa gerar cerca de R$ 4,5 bilhões líquidos para a empresa nos próximos anos, representando 5% de seu valor de mercado.
“Nossas estimativas partem do pressuposto de que o negócio de voz, um negócio não rentável, será mantido nos próximos 10 anos, após os quais acreditamos que o negócio será parcialmente descontinuado”, avalia o analista Silvio Dória.
Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday
Essa mudança regulatória aliviará a Vivo da obrigação de manter serviços fixos deficitários, como telefonia tradicional, permitindo focar em alternativas modernas e rentáveis. Além disso, a empresa poderá monetizar ativos reversíveis, como imóveis e infraestrutura de cobre, com uma arrecadação estimada de R$ 1,3 bilhão.
Outro benefício importante será a reversão de provisões fiscais relacionadas ao modelo de concessão, com um impacto positivo de R$ 594 milhões no balanço da companhia.
Embora a migração dependa da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), a Vivo já se comprometeu a investir R$ 4,5 bilhões em infraestrutura de internet, especialmente em áreas rurais, e a manter serviços fixos até 2028 onde não há concorrência.
Se aprovada, a medida pode transformar o cenário financeiro da empresa, que terá maior flexibilidade para focar em inovações e na ampliação de sua rede de banda larga e serviços móveis