O Banco Safra atualizou suas projeções para as operadoras Vivo (VIVT3) e TIM Brasil (TIMS3), elevando a recomendação da Vivo para “compra” e mantendo a recomendação positiva para a TIM. “Acreditamos que a indústria de telecomunicações no Brasil está em um momento favorável, com recuperação do poder de precificação e forte distribuição de dividendos aos acionistas”, afirmaram os analistas Silvio Dória e Carolina Carneiro.
A recomendação para a Vivo foi revisada para “Outperform” (equivalente a compra), com preço-alvo de R$ 64 por ação (de R$ 57,50), representando um potencial de valorização de 31% em relação à cotação anterior. Já a TIM manteve a mesma classificação, com um novo preço-alvo de R$ 22, ante os R$ 21,50 anteriores, o que indica um upside de 33%.
Segundo o relatório, as operadoras brasileiras oferecem uma opção defensiva para investidores diante do cenário macroeconômico desafiador. “Em tempos de mercados voláteis, empresas do setor de telecomunicações são um bom investimento defensivo devido ao seu modelo de negócios maduro, estável e gerador de caixa”, destacaram os analistas.
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A Vivo, em particular, foi apontada como uma das ações mais atrativas do setor, impulsionada por crescimento consistente da receita e do Ebitda, além de um forte histórico de distribuição de dividendos. “Estimamos um crescimento médio de 6% ao ano nos próximos quatro anos para receita e Ebitda da Vivo, com dividend yields de 9,0% e 9,8% em 2025 e 2026”, explicaram.
Outro fator que reforça a recomendação da Vivo é a migração do modelo de concessão da telefonia fixa para autorização, o que pode adicionar até R$ 3,8 bilhões ao valor justo da companhia. Segundo os analistas, esse fator ainda não está precificado pelo mercado, representando um potencial adicional de valorização.
No caso da TIM, o Safra mantém a recomendação positiva apesar de um desempenho inferior ao da Vivo no segmento móvel. O banco vê a empresa mantendo crescimento de receita acima da inflação, com margens saudáveis e uma política agressiva de distribuição de dividendos. “A TIM deve distribuir cerca de 34% do seu valor de mercado nos próximos três anos, com dividend yields estimados em 10% para 2025 e 11% para 2026”, apontaram.
Os principais riscos para o setor, segundo o Safra, incluem um possível aumento da concorrência no segmento móvel, revisões na tributação sobre juros sobre capital próprio e uma distribuição de dividendos menor que o esperado. No entanto, os analistas acreditam que o cenário atual ainda favorece as operadoras.