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Voo com deportados por Biden chega ao Brasil durante o governo Trump

"O presidente Trump está enviando uma mensagem forte e clara ao mundo inteiro: se você entrar ilegalmente nos Estados Unidos da América, enfrentará consequências severas"

por Estadão Conteúdo
3 min leitura
Donald Trump

Um avião com 88 imigrantes brasileiros deportados dos Estados Unidos chega ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, 24.

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O voo de deportação para o Brasil, embora seja o primeiro desde que Donald Trump assumiu impondo políticas mais rígidas contra imigração, é parte de um processo que vinha correndo antes da posse do republicano, durante a administração Joe Biden.

Fontes do Itamaraty destacaram que o País tem recebido voos como esse desde 2017, quando firmou um entendimento com os Estados Unidos sobre as deportações.

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O objetivo era reduzir o tempo que os brasileiros ficam detidos nos EUA por problemas com a imigração.

As deportações só ocorrem quando o caso é inapelável, ou seja, quando não cabe mais recurso para o imigrante. Por isso, o entendimento dentro do governo brasileiro é que o voo não tem qualquer relação com a troca de comando na Casa Branca.

Por sua vez, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, publicou mais cedo nas redes sociais duas fotos com imigrantes sendo embarcados, sem dar mais detalhes de quantos eram nem para onde seriam levados. E declarou: “Os voos de deportação começaram”.

“O presidente Trump está enviando uma mensagem forte e clara ao mundo inteiro: se você entrar ilegalmente nos Estados Unidos da América, enfrentará consequências severas”, segue a publicação.

Nesta quarta-feira, o governo americano anunciou que prendeu e deportou 538 imigrantes desde que Donald Trump voltou à presidência, com a promessa de realizar a maior deportação em massa da história americana.

Donald Trump tomou posse no começo da semana e assinou uma série de decretos para reprimir o que chama de “invasão” de imigrantes.

O presidente declarou emergência na fronteira sul e enviou 1,5 mil militares para a divisa com o México, além dos mais de 2 mil que estavam lá para oferecer apoio logístico às autoridades migratórias.

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(Imagem: Freepik)

Em uma das ações mais controvertidas, Trump tentou retirar a cidadania das crianças nascidas nos Estados Unidas, filhas de imigrantes em situação ilegal ou com visto temporário.

O direito à cidadania por nascimento, contudo, está previsto na Constituição americana e o decreto foi bloqueado na quinta-feira, 23, por decisão da Justiça.

Algumas das ações do governo podem ser travadas por desafios legais. Outras têm impacto imediato sobre os imigrantes que sonham com uma vida melhor nos Estados Unidos.

Na fronteira, muitos foram pegos de surpresa com o fim do CBP One, aplicativo que permitiu a entrada de 1 milhão de solicitantes de asilo no país.

Em ordem assinada esta semana, a Casa Branca declarou que estava suspendendo a entrada de estrangeiros envolvidos na “invasão” e instruindo os departamentos do governo a adotar “todas as medidas necessárias para repelir, repatriar e remover imediatamente os estrangeiros ilegais”.

A nota dizia ainda que o presidente restringiu ainda mais o acesso a mecanismos que permitiam a entrada nos EUA, como o asilo.

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